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Política

Com renúncias e mudanças, disputa eleitoral em MS envolve 509 candidatos

Balanço foi divulgado nesta terça-feira pelo TRE; sete concorrentes ainda aguardam julgamento de pedidos de registro

Humberto Marques | 18/09/2018 18:47
Tribunal recebeu 541 pedidos de registro de candidatura, dos quais 509 "sobreviveram" até aqui. (Foto: Arquivo)
Tribunal recebeu 541 pedidos de registro de candidatura, dos quais 509 "sobreviveram" até aqui. (Foto: Arquivo)

A renúncia de César Nicolatti e sua substituição por Delcídio do Amaral como candidato ao Senado pelo PTC foi um dos últimos lances envolvendo a inscrição ou saída de concorrentes nas eleições deste ano em Mato Grosso do Sul. Com a movimentação, o número de inscritos até aqui é de 509 envolvendo os cargos de governador, senador e seus suplentes e deputado federal e estadual.

O total ainda poderá ser alterado, dependendo do resultado dos julgamentos dos pedidos de registro que foram indeferidos ou impugnados e que são alvos de recursos no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) ou mesmo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). As inscrições de Delcídio e Nicolatti –que trocou a corrida pelo Senado pela candidatura a deputado estadual– estão pendentes de julgamento.

A segunda-feira (17) foi o prazo final para os partidos substituírem candidatos. O TRE registrou 541 pedidos para registro de candidaturas, dos quais 439 foram deferidos, 49 passaram mas são alvos de recurso, 14 foram indeferidos e também são contestados em instâncias superiores e 7 seguem em tramitação totalizando 509 processos. Além deles, 13 pedidos foram indeferidos e houve 19 renúncias.

Também foram julgados 26 habilitações dos partidos e coligações, com 25 deferimentos e um indeferimento. Os números, conforme o secretário judiciário do tribunal, Hardy Waldschmidt, podem ser atualizados em alguns casos se houver recursos no prazo. Os sete processos tramitando até segunda-feira envolviam Delcídio (senador) e Nicolatti (deputado estadual), Herbert Assunção de Freitas (PDT, 1º suplente de senador); Marco Aurélio Guimarães (PDT, 2º suplente de senador); e José Carlos Ferreira Alvarenga (PV),m Celso Luiz de Paulo (Podemos) e Marcelo de Barros Nassif (MDB).

Nesta terça-feira (18), o TRE fecharia o sistema de candidaturas com a situação jurídica atual do candidato (excluindo os que ainda aguardam recurso), garantindo sua inserção na urna eletrônica. Apenas quem foi considerado apto terão os nomes lançados no sistema –deferido, deferido com recurso, indeferido com recurso, cassado com recurso, cancelado ou recurso ou substituto pendente de julgamento.

Candidatos com os registros indeferidos, cancelados, cassados, com pedidos não reconhecidos, falecidos ou que renunciaram são considerados inaptos e não constaram na relação.

Nomes de candidatos considerados aptos serão lançados nas urnas eletrônicas. (Foto: Arquivo)
Nomes de candidatos considerados aptos serão lançados nas urnas eletrônicas. (Foto: Arquivo)

Inscrições – Na disputa pelo Executivo, após as movimentações de agosto, não houve mudanças, com os seis cabeças de chapa já definidos: Humberto Amaducci (PT), João Alfredo (Psol), Junior Mochi (MDB), Marcelo Bluma (PV), Odilon de Oliveira (PDT) e Reinaldo Azambuja (PSDB).

Destes, Mochi foi o último a ter a candidatura apresentada e defeida –o MDB defendia a candidatura de André Puccinelli, preso em desdobramento da Operação Lama Asfáltica, e a senadora Simone Tebet alegou motivos pessoais para desistir da candidatura.

O mesmo vale em relação aos seis vices inscritos –Ana Maria Bernardelli (Rede, Bluma), Osvaldina Maria de Freitas (Psol, Alfredo), Luciene Maria da Silva (PT, Amaducci), Murilo Zauith (DEM, Reinaldo), Tânia Garib (MDB, Mochi) e Bispo Marcos Vítor (PRB, Odilon), este último indicado após confirmação da aliança de seu partido com o PDT.

Já a corrida por uma vaga no Senado começou tumultuada. A desistência de Chico Maia levou o Podemos a escalar Beto Figueiró para o posto, algo que causou desconforto na chapa de Odilon. Pedro Chaves (PRB), alegando haver um acordo prévio de que seria o único candidato, acabou renunciando à candidatura à reeleição –sendo substituído pelo primeiro suplente, Gilmar da Cruz (PRB).

Outra movimentação foi a do Promotor Sérgio Harfouche (PSC). Disposto a concorrer ao cargo desde o período de pré-campanha, foi alçado pelo partido para disputar o governo estadual e, em meio a polêmica, acabou indicado para a vice de Simone Tebet. Com a desistência dessa, viu o MDB não acatar recomendação para que ele disputasse o Executivo, levando-o a retomar o projeto original rumo ao Senado.

Thiago Freitas (PPL) chegou a ter a candidatura indeferida sob alegação de não ter se afastado da Subsecretaria de Estado da Juventude a tempo, mas apresentou recurso e segue na disputa aguardando decisão definitiva.

Seguem como candidatos Anisio Guató (Psol), Dorival Betini (PMB), Beto Figueiró (Podemos), Delcídio do Amaral (ainda aguardando julgamento), Gilmar da Cruz (PRB), Marcelo Miglioli (PSDB), Mario Fonseca (Pc do B), Waldemir Moka (MDB), Nelsinho Trad (PTB), Promotor Sérgio Harfoche (PSC), Soraya Thronicke (PSL), Thiago Freitas e Zeca do PT. Os 26 suplentes desses 13 candidatos também estão inscritos.

A Justiça Eleitoral recebeu 130 inscrições de candidatos a deputado federal, registrando três renúncias e cinco indeferimentos –totalizando 122 concorrentes. Destes, 115 “sobreviveram” à análise, um teve registro deferido com recurso, três foram indeferidos com recurso e três seguem tramitando.

Para deputado estadual houve 355 registros no total, sendo que um (de Nicolatti) segue tramitando. Foram indeferidas oito candidaturas e registradas 11 renúncias. Ainda foram excluídos do processo dez candidatos indeferidos com recurso. Restaram 280 candidatos deferidos e 45 deferidos com recurso –325 no total.

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