Combater o desperdício e a corrupção, promete controlador-geral na posse
O advogado, economista e mestre em administração de empresas Eduardo Girão de Arruda, 45 anos, tomou posse na tarde desta quarta-feira (22) como controlador-geral do Estado.
No primeiro discurso, já como chefe do órgão que vai fiscalizar secretarias e autarquias estaduais, ele fez o compromisso de combater o “desperdício, a incompetência e a corrupção”, meta para estabelecer um ambiente propício para “atrair capital” e favorecer o desenvolvimento do Estado.
Girão é servidor federal e foi convidado no início do mês pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) para comandar a Controladoria-Geral do Estado. O chefe do Executivo estadual aguardava a autorização do Ministério da Transparência para nomeá-lo.
Durante a posse, Reinaldo destacou que o cargo é político, mas a nomeação tem base técnica em virtude da experiência do funcionário público federal na área de fiscalização de contas. “O objetivo dele vai ser evitar erros do passado que levaram o Estado a inúmeros problemas em diversas áreas”.
Eduardo Girão foi chefe da CGU (Controladoria-Geral da União) em Mato Grosso do Sul de 2006 a 2011 e em São Paulo de 2011 a 2015.
Primeiro passo – Criada em dezembro do ano passado, a Controladoria-Geral do Estado ainda não tem sede e precisa ser estruturada. O controlador destacou que o primeiro passo será, portanto, organizar sistemas para fiscalizar o Executivo. “Começamos com apenas um dos sistemas funcionando, que é o de auditoria e outros dois a serem criadores, a corregedoria e a ouvidoria. Para tanto, precisamos elaborar marcos legais, com as regras do jogo e criar seccionais em cada uma das secretarias”.
Girão disse que precisará de representantes da Controladoria em cada uma das unidades do Estado para que estes servidores possam trabalhar no fornecimento de informações. Contudo, um dia depois do governador anunciar a reforma administrativa, ele afirma que terá cautela para fazer nomeações “dentro das possibilidades do Estado”. “Estamos assumindo em meio a uma tempestade perfeita, que exige um novo olhar para as despesas”, concluiu o discurso.