Conforme previsto, eleição no TCE não tem chapas registradas e não ocorrerá
Conselheiros substitutos não têm poder de voto
Eleições que ocorreriam nesta sexta-feira (16) para escolha do novo presidente do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul) foram enterradas por ausência de registro de chapa. O prazo para que conselheiros se candidatassem acabou às 13h desta quarta-feira (14) sem nenhum nome ser colocado para disputa.
Os planos foram frustrados dias após a Polícia Federal deflagrar a Terceirização de Ouro, fase da Operação Mineração de Ouro, que culminou no afastamento de três conselheiros Waldir Neves, Ronaldo Chadid e o então presidente do Tribunal, Iran Coelho das Neves, que renunciou ao cargo nesta segunda-feira (12), quatro dias antes de findar seu mandato.
Jerson Domingos assumiu interinamente e deve ficar na função por 180 dias, prazo em que termina o afastamento dos outros integrantes da Corte. Com o possível retorno dos três, o pleito poderá ocorrer. Lembrando que os conselheiros substitutos não têm poder de voto.
Mesmo sem eleição, na sexta-feira haverá sessão extraordinária já convocada por Domingos. O intuito é formalizá-lo como presidente interino. O Tribunal encerrou as atividades em plenário na sessão desta quarta.
Operação - A investigação apontou lavagem de mais de R$ 100 milhões por meio de licitações fraudulentas, desde processos para compra de brigadeiros até fazenda fora de Mato Grosso do Sul. Chadid, Neves e Osmar Jeronymo foram alvo de mandado no ano passado.