Deputado chama secretário de Saúde de descontrolado e arrogante
Parlamentares se posicionaram após discurso de Geraldo Resende na Câmara Municipal ontem
Durante a sessão desta terça-feira (28), na Assembleia Legislativa, os deputados estaduais repercutiram o discurso do secretário de Saúde Geraldo Resende, feito ontem, na Câmara Municipal, durante audiência pública sobre o passaporte da vacina.
O deputado Neno Razuk (PTB) foi contrário ao posicionamento do chefe da pasta no Executivo. “Imposição como essa, isso sim é considerado autoritário e isso é um ato fascista. Ele errou chamando um grupo que estava lá de nazistas. Eu não entendi a fala dele. Acho que tem sido muito autoritário e ontem, foi descontrolado, o que é lamentável uma pessoa no seu cargo. Aquele descontrole, a arrogância do secretário me surpreendeu e eu fiquei extremamente triste com isso”, concluiu.
Razuk aproveitou para sugerir como o secretário Geraldo Resende deve agir. “Ele deveria parar de fazer atos autoritários e cuidar da Saúde, visitar os hospitais, que falta sonda para pacientes e insumos, como aqui no Hospital Regional de Dourados.”
O assunto foi levantado pelo deputado Carlos Alberto David (sem partido), que é bolsonarista e contra o que ele chama ‘ditadura do passaporte sanitário’. “Foi lamentável o que ocorreu ontem. O secretário em uma fala totalmente desastrosa e desrespeitosa classificou os cidadãos sul-mato-grossenses que se opõem ao passaporte como nazistas e fascistas. Eu não sou nazista e fascista. Eu entendo que a fala dele é tão odiosa, que só pode ser objeto do mais puro desprezo e repúdio”, afirmou David.
O deputado Zé Teixeira (DEM) disse que o secretário não foi feliz na fala. “Discordo 100% da fala do Geraldo. Acho que não foi feliz, porque generalizou todos que estavam na rua no dia 7 de setembro. Lá, não estavam baderneiros e sim, patriotas. Eu não concordo com o que eles pensam sobre o fechamento do STF e nem por isso acho que tenho direito de criticar”, ponderou.
David aproveitou para concordar com o democrata. “Vou defender com muita força o direito constitucional de ir e vir, para que todos os sul-mato-grossenses possam se defender. Senhor secretário foi infeliz, agressivo e a história vai tratar o senhor como o senhor merece”, encerrou.
Já a bancada do PT defendeu o posicionamento do secretário. “Ele foi afrontado durante o tempo todo da sua fala. As pessoas que estavam lá na Câmara não têm educação, gritavam, faziam barulho, baderna, assobiavam, xingavam. Tenho certeza que nem conheciam o projeto que estava sendo discutido”, destacou Pedro Kemp.
Amarildo Cruz (PT) aproveitou para acrescentar a experiência que teve no local. “Quem estava presente entende porque ele foi falar daquele jeito. Ele foi desrespeitado, insultado e xingado como todos que usaram a tribuna para defender o passaporte. Praticamente, não deixaram ele falar. Quem despreza a vida, não está muito preocupado com o respeito."