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Política

Deputado defende reforma política e proposta de doação de campanha de R$ 700

Ludyney Moura | 01/11/2014 18:34
"Os eleitos não se sentem fiscalizados pelos eleitores, até porque a grande maioria dos eleitores não acompanha o exercício do mandato", argumenta o deputado (Foto: Divulgação)
"Os eleitos não se sentem fiscalizados pelos eleitores, até porque a grande maioria dos eleitores não acompanha o exercício do mandato", argumenta o deputado (Foto: Divulgação)

O deputado federal Fábio Trad (PMDB), que apesar de ter obtido a sexta maior votação para uma cadeira na Câmara Federal não foi eleito devido ao chamado “quociente eleitoral”, voltou a defender a execução de uma reforma política no país.

"Em regra, os eleitores não votam nas ideias e propostas dos candidatos na mesma medida que os candidatos não pautam suas campanhas por debates e ideias programáticas. O uso de dinheiro nas campanhas eleitorais faz e desfaz candidaturas: ter é mais que ser. Os eleitos não se sentem fiscalizados pelos eleitores, até porque a grande maioria dos eleitores não acompanha o exercício do mandato", disparou Fábio.

O deputado foi um dos 100 parlamentares que declararam posição favorável ao Projeto de Lei conhecido como “eleições limpas”, e que aguarda votação na CFT ( Comissão de Finanças e Tributação) da Câmara Federal, e que estabelece o limite máximo de R$ 700,00 de doação de campanha por pessoa física.

A proposta visa, além de criminalizar a prática de caixa dois eleitoral, com punição de até oito anos de detenção, o estabelecimento de votação em dois turnos para eleição de um deputado federal. No primeiro, o eleitor votaria no partido, e no segundo, escolheria o próprio candidato em um lista menor apresentada pela legenda.

Fábio Trad apresenta três justificativas para a reforma política no país. “Primeiro, não podemos e não devemos fazer a reforma pensando nas próximas eleições, mas sim nas próximas gerações. Segundo, não podemos e não devemos fazer a reforma pensando em nossos mandatos, mas no futuro da democracia. Terceiro, não podemos e não devemos fazer a reforma pensando em nossos partidos, mas na legitimidade do sistema representativo", diz.

Tramitam no Congresso Nacional alguns pontos de reforma política que preveem ainda o fim da reeleição para os cargos do Executivo, e a coincidência das eleições a cada quatro anos. Outra questão, será a opção pelo modo de financiamento, se privado, misto ou exclusivamente público.

Segundo parlamentar sul-mato-grossense, o presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), espera criar, até o final de 2014, uma comissão especial para ouvir a sociedade, e então convocar um referendo popular.

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