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Política

Deputados aguardam 2° turno para discutir comando da Assembleia

Por ter maior bancada PSDB leva vantagem, mas vai precisar da ajuda de outros partidos

Leonardo Rocha | 16/10/2018 13:00
Deputados Márcio Fernandes (MDB), Rinaldo Modesto (PSDB), Eduardo Rocha (MDB), Felipe Orro (PSDB), Pedro Kemp (PT) e João Grandão (PT), durante sessão na Assembleia (Foto: Victor Chileno/ALMS)
Deputados Márcio Fernandes (MDB), Rinaldo Modesto (PSDB), Eduardo Rocha (MDB), Felipe Orro (PSDB), Pedro Kemp (PT) e João Grandão (PT), durante sessão na Assembleia (Foto: Victor Chileno/ALMS)

Os deputados e líderes partidários aguardam a definição do segundo turno, em Mato Grosso do Sul, para começaram a discutir o comando da Assembleia, a partir de 2019. Eles alegam que o governador eleito terá muita influência no legislativo, podendo “ditar o rumo” de quem vai presidir e ficar com os principais cargos na Casa de Leis.

O atual presidente, o deputado Junior Mochi (MDB), deixa o cargo no final do ano, depois de ficar por duas vezes a frente do legislativo. A nova eleição da mesa diretora será feita em fevereiro, assim que começar os trabalhos dos novos deputados eleitos. Dos 24 deputados atuais, 13 foram reeleitos, oito são novatos e ainda têm três retornos: Londres Machado (PSD), Marçal Filho (PSDB) e Carlos Alberto David (PSL), o Coronel David.

A maior bancada continua sendo do PSDB com cinco deputados, credenciando a legenda a ficar com o comando do legislativo, no entanto o próprio líder tucano não bate o martelo. “Esta articulação começa depois do segundo turno, depende do resultado. Ter a maior bancada é importante, mas não decisivo para eleger o presidente”, disse Rinaldo Modesto (PSDB).

Lídio Lopes (PEN) também pondera que o tema deve esperar o final do segundo turno. “Não tem como negar, o governador eleito tem sua influência na Assembleia”. O deputado acredita que a coligação liderada pelo PSDB, que elegeu 16 integrantes, vai conduzir a escolha do novo presidente. “Já é um bloco formado, se estiver unido, define os cargos”.

Concorrentes - Eduardo Rocha, líder do MDB, adiantou que pretende concorrer ao cargo (presidente), apesar de concordar que o assunto vai “engrenar” após as eleições. “Eu gostaria de ser presidente, coloco o nome à disposição, mas sabemos que passa muito pelo resultado da eleição”.

Renato Câmara (MDB), um dos reeleitos, disse que seu partido ainda não sentou para discutir o tema. “Ainda é cedo, o presidente será aquele que conseguir compor com as bancadas, dar equilíbrio dentro do legislativo, por enquanto indefinido”.

Os dois deputados mais votados da eleição foram Renan Contar e Carlos Alberto David, ambos do PSL, no entanto os parlamentares adiantaram que para esta "eleição interna", este fator conta pouco, sendo mais forte aquele que conseguir o apoio das bancadas. 

Cargos - Já a bancada do PT, que vai ser reduzida de quatro para dois deputados, espera ao menos ter um representante na mesa diretora, hoje eles ocupam a 2° secretaria. “Vamos pleitear espaço, compor com outros partidos, até porque diminuímos de tamanho, mas a presidência deve ficar com um deputado que já tenha experiência aqui dentro”, disse Pedro Kemp (PT).

Na última eleição da mesa diretora, mesmo o PSDB tendo a maior bancada, a presidência ficou com o MDB, que naquela oportunidade fez acordo com PDT, DEM, PEN e PT, conseguindo a maioria. Os cargos principais ficaram com Junior Mochi (presidente) e Zé Teixeira (DEM), na 1° secretária.

Aos tucanos restou a 1° e 3° vice-presidência, além do 3° secretário. No acordo ainda incluiu  a presidência da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), que naquela oportunidade ficou com o deputado Beto Pereira (PSDB). 

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