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Política

Deputados dizem que "onda Bolsonaro" influenciou renovação na Assembleia

Os dois candidatos a deputado estadual mais votados são do PSL, partido de Jair Bolsonaro

Leonardo Rocha | 09/10/2018 12:56
Deputados Felipe Orro (PSDB), Rinaldo Modesto (PSDB) e Junior Mochi (MDB), durante sessão (Foto: Luciana Nassar/ALMS)
Deputados Felipe Orro (PSDB), Rinaldo Modesto (PSDB) e Junior Mochi (MDB), durante sessão (Foto: Luciana Nassar/ALMS)

Os deputados admitiram que a “onda Bolsonaro” influenciou as votações para Assembleia Legislativa em 2019, tanto que os dois candidatos mais votados foram Renan Contar, o “Capitão Contar” e Carlos Alberto David, o “Coronel David”, ambos do PSL. Eles também reconheceram que a renovação foi maior do que se esperava.

“Foi um recado da população, já se esperava que os candidatos do Bolsonaro tivessem uma boa votação, já que trata de uma situação a nível nacional, e em Mato Grosso do Sul não seria diferente”, disse Felipe Orro (PSDB), que ainda reconheceu que renovou bastante o legislativo. “Vai mudar quase metade da Casa de Leis”, disse o tucano.

Para Maurício Picarelli (PSDB), que foi derrotado nas urnas, o “efeito Bolsonaro” ficou evidente na Assembleia e em todas as votações no Estado, tendo números expressivos. “Não foi surpresa esta votação, temos que admitir que (Jair) Bolsonaro é a bola da vez, e o PSL é o partido que o representa”. O tucano disse que a renovação chegou a mais de 40%.

Renato Câmara (MDB) definiu esta situação como um “voto silencioso”, que muitos não esperavam números tão grandes voltados ao PSL. “Foi uma grande surpresa, pois não era algo evidente, e sim organizado de forma silenciosa, nas redes sociais e nos grupos a favor do Bolsonaro. Aqui no legislativo não seria diferente”.

Onda - Rinaldo Modesto (PSDB), por exemplo, agradeceu o apoio que teve, que garantiu sua reeleição, em meio ao que chamou de “fenômeno Bolsonaro” nas urnas, que segundo o tucano a "onda" elegeu muitos candidatos que não eram conhecidos. “Conseguimos ficar porque nosso trabalho estava bem consolidado”. Para ele a renovação nos quadro foi maior do que se esperava.

José Almi (PT), o Cabo Almi, disse que estes “fenômenos eleitorais” ocorrem de vez em quando e que teve muita influência no Mato Grosso do Sul. “Ele (Jair Bolsonaro) gravou muitos vídeos na reta final pedindo votos para estes candidatos, e eles aproveitaram este apoio”. O petista disse que a renovação foi a esperada.

Cenário – Foram 13 reeleitos: Pedro Kemp (PT), José Almi (PT), Renato Câmara (MDB), Eduardo Rocha (MDB), Márcio Fernandes (MDB), Rinaldo Modesto (PSDB), Onevan de Matos (PSDB), Felipe Orro (PSDB), Paulo Corrêa (PSDB), José Carlos Barbosa (DEM), Zé Teixeira (DEM), Herculano Borges (SD) e Lídio Lopes (PEN).

Já entre os novos deputados aparecem: Renan Contar (PSL), Jamilson Name (PDT), Neno Razuk (PTB), Gerson Claro (PP), Antônio Vaz (PRB), Evander Vendramini (PP), João Henrique (PR) e Lucas de Lima (SD). Retornaram para o legislativo Marçal Filho (PSDB), Carlos Alberto David (PSL) e Londres Machado (PSD), que segue para o seu 13º mandato.

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