Deputados criam comissão para “meio de campo” entre servidores e governo
Intenção é ajudar no diálogo e alcançar um consenso entre as partes. Manhã desta quinta-feira (25) foi marcada por tumulto e suspensão da sessão
Após o tumulto que terminou na suspensão da sessão na Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (25), causado pela revolta dos servidores estaduais com o “reajuste zero” e o anúncio de corte no abono salarial, deputados estaduais formaram uma comissão para intermediar o diálogo entre governo e Fórum dos servidores.
Fazem parte da comissão Cabo Almi (PT), Lídio Lopes (PATRI), Gerson Claro (PP), Renan Contar (PSL), Rinaldo Modesto (PSDB) o líder do governo na Casa, José Carlos Barbosa (DEM). Além dos parlamentares, seis representantes dos servidores também integram a comissão. O objetivo, agora, é agendar reunião com o governo e buscar “consenso”.
“O momento é de achar um meio no caminho entre os dois lados, principalmente para atender aqueles que tem salários menores, que podem ter uma perda maior em relação ao abono ou reajuste”, disse Rinaldo Modesto.
Lídio Lopes afirmou a necessidade “de entender os dois lados” e disse que a comissão vai ouvir, primeiro, as reivindicações dos servidores. O Fórum pede a permanência do abono de R$ 200 – e a possível incorporação no salário – e reajuste de acordo com a inflação.
“A missão é dialogar, ser um mediador da negociação, para se chegar a um equilíbrio, existe a necessidade, mas também a possibilidade, se o governo pode conceder”, declarou o líder do governo na Assembleia. Cabo Almi, no entanto, defende que a Casa tranque a pauta até que a situação seja resolvida.
A comissão já se reuniu na sala da presidência e vai tentar, ainda nesta quinta-feira, agendar um encontro com o governador ou representantes.