Depois de vaias e empurra-empurra, sessão na Assembleia é suspensa
A decisão foi do deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), presidente da Casa, depois que servidores na plateia começaram a vaiar parlamentares.
Lotada de servidores estaduais revoltados com o anúncio de corte do abono salarial de R$ 200 e “reajuste zero” pelo Governo de Mato Grosso do Sul, a sessão da Assembleia Legislativa foi suspensa e retomada após 20 minutos na manhã de hoje (25).
A decisão foi do deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), presidente da Casa, depois que a plateia começou a vaiar parlamentares e houve empurra-empurra na entrada do auditório (veja o vídeo no fim da reportagem).
Mesmo com todas as cadeiras ocupadas, um grupo de servidores tentava engrossar a plateia e foi impedido pelos seguranças da Assembleia. Foi aí que a confusão começou.
Deputados que discursavam eram vaiados em sequência. José Carlos Barbosa, o Barbosinha (DEM), líder do governo no Legislativo, usou o microfone para dizer que buscaria diálogo entre o funcionalismo público e a administração estadual. “Estou disposto a conversar, principalmente, sobre o reajuste para os servidores que recebem menos, buscar solução em conjunto”, garantiu.
Barbosinha quase não conseguiu falar e depois da confusão na porta do auditório, o deputado Paulo Corrêa interviu, suspendendo a sessão. “Para protestar é preciso ter educação”. Veja o vídeo:
Os servidores, principalmente da segurança pública, convocaram manifestação para esta quinta-feira na Assembleia, depois que o secretário de Administração, Roberto Hashioka, anunciou corte de abono de R$ 200,00 e reajuste zero este ano.
Mais cedo, Giancarlo Miranda, presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) e representante do Fórum dos Servidores de Mato Grosso do Sul, havia dito que o objetivo da manifestação era pedir apoio dos deputados nas negociações com o governo. “Queremos que ao menos seja discutida a reposição de inflação, para que não haja perdas salariais e voltar a falar sobre o abono, são 200 a menos”.