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Política

Deputados proíbem venda a menores de produtos usados para fazer "loló"

Leonardo Rocha | 31/08/2016 12:50
Deputados aprovaram projeto que visa coibir o uso desta droga pelos adolescentes (Foto: Assessoria/ALMS)
Deputados aprovaram projeto que visa coibir o uso desta droga pelos adolescentes (Foto: Assessoria/ALMS)
Márcio Fernandes, autor do projeto, diz que medida busca reduzir o consumo da droga (Foto: Divulgação)
Márcio Fernandes, autor do projeto, diz que medida busca reduzir o consumo da droga (Foto: Divulgação)

Os deputados estaduais aprovaram nesta quarta-feira (31), em segunda votação, projeto de autoria de Marcio Fernandes (PMDB) que proíbe a venda, a menores de 18 anos, de produtos como benzina, éter, tíner, clorofórmio, acetona e “anti-respingo de solda sem silicone”, que são usados para fazer a droga conhecida como "loló", responsável por sérios males à saúde.

O autor do projeto ponderou que esta droga já é a segunda mais consumida pelos jovens no Brasil, ficando atrás apenas do álcool. A intenção da matéria é coibir ou diminuir o acesso a estes produtos pelos jovens e adolescentes e, assim contribuir com a saúde pública, evitando problemas maiores no futuro.

"A proibição destes produtos é para diminuir o consumo. Quem ganha com esta medida são as famílias que são destruídas por esta e outras drogas que estão em circulação no País, gerando problemas aos nossos jovens, que muitas vezes se tornam dependentes químicos", disse o deputado, ao final da votação.

Para compra destes itens será necessário a comprovação da idade. "Os efeitos dos solventes vão desde um estímulo inicial, com muita excitação e aceleração das batidas cardíacas, até uma depressão, podendo também surgir processos alucinatórios. Eles afetam a respiração, causando a sensação de estrangulamento e asfixia", ponderou.

O projeto ainda prevê que, nas embalagens dos produtos, deverá constar de forma visível a inscrição: “Venda proibida a menores de 18 anos. A inalação deste produto pode causar morte”. Os comerciantes também precisam fazer o devido o registro, anotando nome, endereço, número da identidade, com CPF ou CNPJ.

Agora, o texto segue para sanção do governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB).

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