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Política

Dolzan diz que é mais PDT do que Pedra e Dagoberto e não teme expulsão

Wendell Reis | 06/03/2012 15:44

O advogado Paulo Dolzan declarou ao Campo Grande News que o vereador Paulo Pedra (PDT) não tem motivo para pedir sua expulsão do PDT. Para ele, as declarações de Pedra de que pedirá sua expulsão do partido são para desviar o assunto.

“A única pessoa que deveria ser expulsa era ele, que em 2000 se elegeu vereador pelo PDT e no outro dia era do PMDB. Eu sou histórico. Quando entrou o André (então prefeito, André Puccinelli) comprou ele para ser líder. Não se reelegeu e voltou para o PDT. Isso faz parte do desespero”, avaliou.

Dolzan acredita que Paulo Pedra e Dagoberto Nogueira (PDT) já negociaram aliança com o governador André Puccinelli. Porém, afirma que tudo pode mudar com a troca do comando do partido. Para Dolzan, integrantes do PDT deveriam consultar Felipe Orro (PDT), que tem mandato, e não Dagoberto, que atualmente não ocupa cargo público.

“Quem tem que ser expulso é ele. Ninguém da militância gosta dele. Pode se eleger e ir para qualquer partido. Não é confiável. Acha que porque ele faz as coisas erradas todo mundo é igual. Sou muito mais PDT do que eles”.

O Caso - Na última sexta-feira (2), o juiz Ricardo Galbiati, em caráter liminar, suspendeu o resultado da eleição em que Pedra foi eleito presidente municipal do PDT. A suspensão ocorreu baseada na denúncia de manipulação feita pela chapa “Frente de Renovação”, encabeçada por Dolzan, que concorreu com Paulo Pedra.

Pedra foi eleito com 389 votos pela chapa 1 “Trabalhismo de verdade”, derrotando o concorrente da chapa 2 “Frente de Renovação”, que obteve 126 votos. Inicialmente, a eleição aconteceria em 12 de novembro, mas foi suspensa por decisão judicial. Em seguida, houve um acordo. Contudo, após ser derrotado, Dolzan alegou irregularidades.

De acordo com Dolzan, o edital de convocação da convenção informava a existência de 3.056 filiados. Porém, no dia, foi exibida uma relação de apenas 2.952 nomes de eleitores filiados e aptos a participar e votar. Além da redução, segundo ele, foram excluídos 241 eleitores filiados e outros 173 novos nomes de filiados foram incluídos. Dentre os excluídos, conforme a denúncia, havia membros integrantes da chapa derrotada. Com a decisão, o diretório é comandado por uma comissão provisória, que tem Pedra como presidente.

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