Durante diplomação, vereadores defendem aumento de salário
Na cerimônia de diplomação no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camilo, em Campo Grande, os vereadores eleitos comentaram o reajuste salarial de 61,9% para a próxima legislatura. O rendimento passará de R$ 9,2 mil para R$ 15 mil. O valor foi defendido pelos parlamentares que assumem em janeiro, incluindo os que já estão na Casa e os que entram agora.
“A gente tem que compartilhar sucesso e não desgraça. Se o salário for menor do que recebemos, seria como compartilhar desgraça”, comentou o vereador reeleito Vanderlei Cabeludo (PMDB). O parlamentar disse ainda ser favorável a uma boa remuneração para evitar que vereadores se envolvam em esquemas fraudulentos.
O vereador Jamal Salém (PR) disse que o aumento é legal e lembrou que o reajuste é feito de quatro em quatro anos. “Nada mais justo do que ter agora”.
O ex-governador de Mato Grosso do Sul e vereador mais votado, Zeca do PT, preferiu não entrar na polêmica e comentou penas que o vereador tem o direito de receber até 70% do salário de um deputado estadual.
De volta a Câmara dos Vereadores, o vice-prefeito Edil Albuquerque (PMDB) afirmou que trabalha com resultado e gosta do que faz. “Criei a nota fiscal avulsa, o clique esperança, ajudei a trazer seis creches no município sem nenhum custo, com a ajuda do poder privado. Por que um vereador não merece (reajuste)?”, questiona.
Edil ainda comentou a situação do prédio da Câmara Municipal de Campo Grande. O vereador reeleito disse que a pendência está enrolada desde a época que era presidente e apresentou um projeto de desapropriação, deixando um valor disponível em caixa. Segundo o vice-prefeito, o dinheiro era fruto de economia de dois anos de mandato no legislativo. “Não houve acordo entre empresário e poder público”, colocou.
A diplomação foi realizada no TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Os 29 vereadores e mais 9 suplentes receberam o documento que confirma sua eleição. Três vereadores, Edson Shimabukuru, o My Body, Paulo Pedra e Alceu Bueno, foram diplomados com as contas reprovadas. Com o diploma em mãos, os vereadores estão aptos a tomar posse no dia primeiro de janeiro.