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Política

"É a vontade do eleitor", diz Delei Pinheiro ao ser diplomado vereador

Diplomação ocorreu pouco depois da recontagem de votos que deu ao PSD uma sexta vaga na Câmara e tirou uma do MDB

Nyelder Rodrigues | 18/12/2020 17:23
Delei foi diplomado nesta sexta-feira pelo TRE (Foto: Ascom/Divulgação)
Delei foi diplomado nesta sexta-feira pelo TRE (Foto: Ascom/Divulgação)

"Quem permitiu que me retirassem o mandato, agora devolveu". Assim, o ex-vereador e agora futuro parlamentar municipal de Campo Grande, Delei Pinheiro (PSD), define seu retorno à Câmara de Vereadores, cinco anos após ser cassado em processo de compra de votos ao qual, posteriormente, conseguiu comprovar não ter feito parte.

Thais Helena (ex-PT), Paulo Pedra (ex-PDT) e Delei foram cassados pela Justiça Eleitoral em 2015, no penúltimo ano daquela legislatura na Câmara Municipal, por suposta compra de votas na campanha eleitoral de 2012.

Desde então, Pinheiro ficou quase cinco anos tentando provar que não cometeu nenhuma irregularidade, até que em 2020, na véspera das eleições, conseguiu. Porém, ainda assim estava inapto a ir às urnas, já que não fez o cadastramento biométrico e nem pagou a multa eleitoral - o que aconteceu só depois das eleições.

Ele conseguiu disputar as eleições em novembro por força de recurso, um embargo de declaração que nessa semana modificou a decisão inicial e resolveu indeferir sua candidatura, já com a biometria realizada, tornando seus votos válidos.

"Agora as coisas estão conforme o resultados das urnas. É a vontade do eleitor sempre colocada em prática", destaca Delei, que completa. "Não finalizei o mandato por causa de um processo que me incluíram e eu não tinha culpa. Agora vou terminar o que não consegui fazer por ter sido cassado injustamente", conclui.

Com a validação da candidatura e dos votos de Delei, o PSD conquistou o direito a uma sexta vaga na Câmara Municipal, fazendo com que o MDB, que tinha conseguido três, perca uma delas - ocupada até então por Dharleng Campos.

Atual vereadora, ela não conseguiu a reeleição e vai ficar com a suplência. Dharleng recebeu 1.782 votos, contra 2.861 e 3.369 votos dos também emedebistas Loester Nunes e Jamal Salem, respectivamente. Pinheiro recebeu 3.850 votos.

Confiante e novo trabalho - Delei frisa que segue confiante que a decisão do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) não será revertida no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) - há inclusive decisão deste último relativo a vereadora cearense semelhante a tomada pelo TRE, o que reforça a confiança dele e do partido.

Dharleng e o MDB já afirmaram que vão recorrer. "Eu não tenho o que falar sobre isso, porque quem comanda isso aqui é o Senhor divino e nada acontece se não for a vontade dele. Se caso acontecer de ser revertido e essa for a vontade dele, vamos tocar a vida do jeito que der", comenta o vereador.

Ao contrário dos demais vereadores eleitos em 2020, que foram diplomados na quarta-feira (16), Delei só recebeu deu diploma hoje, após a recontagem. A solenidade era pra acontecer no Fórum de Campo Grande, às 17h, mas foi antecipada e aconteceu na própria sede do TRE, no Parque das Poderes.

"Meu primeiro mandato foi marcado pela gestão turbulenta do Bernal e não conseguimos desenvolver muita coisa. Mas trabalho na prefeitura há 39 anos. Entrei como gari aos 13 e depois foi para a Emha, onde atuo até hoje com regularização fundiária".

Delei ainda continua. "Meu seguimento é esse e nele tenho grandes projetos. Já desenvolvi vários como funcionário da agência e agora tenho certeza que vamos fazer muito mais por Campo Grande. É o que a gente sabe fazer".

A posse de Delei para o mandato de 2021 a 2024 na Câmara Municipal de Campo Grande acontece no próximo dia 1º de janeiro, ao lado do prefeito Marquinhos Trad (PSD) e os demais 28 vereadores. Ao todo, três retornam à Casa após um período sem mandato, 11 são nomes reeleitos e 15 são novatos.

Todos devem participar, no mesmo dia da posse, também da eleição para definir a presidência da Câmara e os demais cargos diretivos. Por ora, dois nomes devem ir para a disputa: o atual 1º secretário, Carlão Borges (PSD), e o atual presidente, João Rocha (PSDB). Contudo, há possibilidade de mudança nesses 13 dias.

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