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Política

Em 4 dias, prefeitura conclui processo e opta pela demissão de Siufi

Lidiane Kober | 23/08/2013 17:48
Siufi disse que não teve direito à defesa (Foto: Arquivo)
Siufi disse que não teve direito à defesa (Foto: Arquivo)

A Prefeitura de Campo Grande concluiu, em tempo recorde, o processo administrativo disciplinar contra o vereador Paulo Siufi (PMDB) e o declarou culpado por supostamente não cumprir carga horária como médico. Segundo o próprio parlamentar, a investigação foi aberta em 5 de agosto e concluída quatro dias depois. Agora, ele corre o risco de ser demitido.

“Não recebi nada sobre esse processo, fiquei sabendo pelos outros que me declararam culpado, sem dar o direito de defesa”, comentou Siufi. “Em todo lugar do mundo, isso é obrigatório, mas, como não tive esse direito, na sessão da próxima terça-feira (27), vou usar tribuna da Câmara para apresentar minha versão dos fatos”, emendou.

Segundo informação da Proju (Procuradoria Jurídica do Município), entre as medidas punitivas figuram a “demissão a bem do serviço público” e a “devolução do dinheiro que recebeu em excesso”. A Proju, no entanto, ainda não estimou o valor que poderá ser cobrado do vereador.

Em recente entrevista ao Campo Grande News, Siufi disse que o prefeito Alcides Bernal (PP) “precisa ser homem e punir todos os médicos”. “Não sou só eu que estava trabalhando uma vez por semana”, justificou. Ele frisou ainda que a carga horária é fruto de uma decisão da gerente do posto de saúde do Distrito de Aguão, do coordenador e da Secretaria Municipal de Saúde.

“Primeiro, a gente ia duas vezes por semana, mas, por falta de demanda, decidiu-se que o plantão seria semanal”, relatou. “E, se estou errado, o prefeito também está porque pagou cinco meses de salário”, emendou. No final de maio, por motivo particular, o parlamentar pediu licença do cargo pelo período de dois anos, sem remuneração.

Siufi é um dos líderes da oposição ao prefeito na Câmara e preside a CPI do Calote, que deve concluir os trabalhos com a proposta de criação de uma Comissão Processante para cassar o chefe do Executivo.

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