Em Brasília, Moka tenta solução para falta de armazenamento do milho safrinha
Com uma colheita de 9,8 milhões de toneladas na segunda safra de milho, Mato Grosso do Sul enfrenta problema para o armazenamento do produto, afirmou o senador Waldemir Moka (PMDB), nesta quarta-feira, 09.
Segundo ele, a questão preocupa a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) porque Mato Grosso do Sul só tem capacidade de armazenar 8,5 milhões de toneladas de grãos, e por conta disso tem feito leilões para venda e escoamento do produto para outros estados, na tentativa de reduzir o volume do milho armazenado.
Para reduzir o volume do milho armazenado, a Conab tem realizado, semanalmente, leilões para venda e escoamento do produto para fora do Estado. “No leilão, oferecemos prêmio para que o produto seja vendido para outros Estados, abrindo espaço para armazenar outros grãos”, disse Nilson Azevedo, superintendente da Conab em Mato Grosso do Sul.
Em Brasília, Moka se reuniu com o secretário nacional de Política Agrícola, Neri Geller, e o diretor da Famasul (Federação da Agricultura em Mato Grosso do Sul), Luís Alberto Moraes, para discutir a necessidade de aumentar a oferta de milho nos leilões. Além do milho, há quase três milhões de toneladas de soja da safra passada para armazenar.
Com base na procura pelo milho safrinha nos leilões programados para esta quinta-feira, 10, o Ministério da Agricultura, segundo Neri Geller, irá aumentar a oferta do produto nas próximas semanas. “A ordem do ministro Blairo Maggi (Agricultura) é para que apresentamos soluções para Mato Grosso do Sul”, afirmou.
De acordo com Luís Alberto Moraes, da Famasul, a supersafra do milho safrinha tem gerado outros problemas para os produtores, como a queda no preço. “A oferta está grande e com isso surgem dois problemas: o preço cai e os armazéns seguem lotados”, comentou.