ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEGUNDA  18    CAMPO GRANDE 32º

Política

Em carta ao partido, prefeito de Alcinópolis se defende da acusação de assassinato

Paulo Fernandes | 02/08/2011 19:46
(Foto: Alcinopolis.com)
(Foto: Alcinopolis.com)

Por meio da assessoria jurídica, o prefeito afastado de Alcinópolis, Manoel Nunes da Silva, enviou uma carta ao Partido da República dizendo que a sua prisão “possui nítido interesse político”. O documento é datado de 28 de julho e teve o conteúdo divulgado pela assessoria de imprensa do partido nesta terça-feira.

É a primeira vez que ele se manifesta desde que foi preso, no dia 20 de julho, acusado de envolvimento na morte do então presidente da Câmara, vereador Carlos Antônio Carneiro, no dia 26 de outubro, em Campo Grande.

“A prisão temporária foi decretada com respaldo numa situação abstrata que sequer era necessária para o encerramento do inquérito”, afirma.

A defesa teve acesso ao inquérito policial no dia 22 de julho. Ela afirma não haver “absolutamente nenhuma prova concreta ou cabal que demonstre o envolvimento ou participação de Manoel Nunes da Silva no crime”.

“Não há absolutamente nenhum registro telefônico que ligue direta ou indiretamente Manoel Nunes da Silva ao criminoso, ao contrário, os registros e as degravações telefônicas demonstram que Manoel Nunes da Silva somente tomou ciência do crime exatamente no dia do fato”, dizem os advogados.

Ainda em nome do prefeito, a defesa conta que “o prefeito Manoel Nunes da Silva nega veementemente qualquer tipo de envolvimento no crime, acreditando que sua prisão possui nítido interesse político, pois a única pessoa que sempre o acusou desde o início tinha e tem interesse na sua prisão para assumir a Prefeitura de Alcinópolis”. O pai do vereador assassinado é Alcino Carneiro (PDT), vice-prefeito da cidade, que tomou posse com a prisão de Manoel.

“Não estão presentes, definitivamente, os requisitos necessários para a decretação da prisão temporária que culminou no recolhimento de Manoel Nunes da Silva”, diz a defesa.

“Após a prisão não foi ouvida nenhuma testemunha (até porque já foram ouvidas 60) e nenhuma diligência foi feita pela Delegada que preside o inquérito, aliás, a Delegada informou que está encerrando o Inquérito sem que nenhuma diligência fosse realizada, ou seja, a prisão temporária foi decretada com respaldo numa situação abstrata que sequer era necessária para o encerramento do inquérito”, acrescenta.

Nos siga no Google Notícias