Suposto motivo de assassinato, obra de nova Câmara de Alcinópolis está parada
O prefeito interino de Alcinópolis, Alcino Carneiro (PDT), pai de Carlos Antônio Carneiro, vereador assassinado em outubro do ano passado em Campo Grande, acredita que a morte do seu filho está ligada a obra do novo prédio da Câmara de vereadores do município, construção que hoje está parada.
Para Carneiro, a iniciativa do filho, na época presidente do legislativo municipal, em economizar recursos da Casa de Leis para construir o prédio, foi determinante no crime.
“Ele (Carlos Antônio) queria economizar R$ 1 milhão, mas o prefeito não concordava. Queria o dinheiro, economizado, nos cofres da prefeitura”, explicou.
A vereadora Izamita Alves Leite (PMDB), presidente interina da Câmara de Alcinópolis, diz que, pelo menos desde o dia em que assumiu o cargo, na sexta-feira passada, não vê funcionários no local da obra.
A peemedebista afirma que tentou entrar em contato com a empresa responsável, mas não teve êxito. A parlamentar promete se inteirar dos detalhes da construção e garante que a obra vai continuar.
Segundo Izamita, seriam necessários ainda cerca de R$ 200 mil para conclusão do prédio da Casa de Leis de Alcinópolis, que hoje funciona num prédio cedido pela prefeitura.
“A construção está muito longe de terminar. Havia a previsão de ser entregue até metade do ano que vem. Caso consigamos recurso, o prazo deve ser cumprido”, comenta.
“O sonho do vereador (Carlos Antônio) era construir e inaugurar o prédio ainda no mandato dele”, completa.
Diretoria - A presidente da Câmara de Alcinópolis diz que a composição da mesa diretora, bem como a posse dos suplentes, deve começar a ser definida a partir de segunda-feira.
O legislativo municipal está em recesso e retoma as atividades no dia 1º.
Há uma semana, o então prefeito de Alcinópolis, Manoel Nunes da Silva (PR), o presidente da Câmara, Valter Roniz (PR) e os vereadores Enio Queiroz (PR) e Valdeci Lima (PSDB), foram presos pela suspeita de envolvimento na execução de Carlos Antônio Carneiro, então presidente da Câmara. As prisões são válidas por 30 dias.
Na volta do recesso, a Câmara deve colocar em pauta ainda os possíveis processos de cassação dos três vereadores presos.