Em lados opostos, Fetems e MST lembram de convivência com Lúdio
Ex-prefeito morreu nesta quarta-feira aos 88 anos
Líderes da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS) e do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) lembraram nesta quarta-feira da convivência com o ex-senador e prefeito de Campo Grande Lúdio Coelho, que faleceu às 14h40.
Jaime Teixeira, presidente da Fetems, recorda dos debates com Lúdio. “Nem sempre concordávamos, mas sempre respeitávamos pessoas como ele, que construíram história na sociedade de Campo Grande e Mato Grosso do Sul”, comentou.
Teixeira destaca que uma das principais características do pecuarista era defender suas ideias. “Como sindicalista, tenho boas recordações do Lúdio”, opina, ressaltando a habilidade política do ex-senador em negociar com vários setores.
O líder da Fetems lembra de duas histórias que o marcaram. “Certa vez, durante greve dos professores, o então prefeito dizia que os professores estavam em greve, pois queriam descanso. E que depois ele voltaria a conversar conosco”, lembra.
“Em outra ocasião, durante reivindicação dos professores sobre a merenda escolar, Lúdio comentou que no tempo dele o povo levava ‘matula’ e ninguém reclamava”, conta.
Já Edigio Bruneto, do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), reclamou ao falar do ex-senador, que sempre defendeu o interesse da classe de produtores rurais.
“O Lúdio sempre foi contra a reforma agrária. O que sei é que a única vez que ele negociou conosco, perguntou se queríamos terra e mandou jogar terra em nós na Praça Ary Coelho”, narra.