Em meio a alta dos alimentos, Riedel diz que não irá tomar medidas isoladas
Governo Federal pediu aos estados que zerem o ICMS dos alimentos para ajudar a frear os preços
Enquanto alguns estados estão reduzindo imposto sobre os alimentos, o governador Eduardo Riedel (PSDB) disse que não irá “tomar nenhuma medida casuística”. O posicionamento foi dado, nesta quarta-feira (12), durante coletiva de imprensa sobre assinatura do decreto de reposição florestal.
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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, afirmou que não pretende adotar medidas casuísticas para reduzir o ICMS sobre alimentos, apesar do pedido do Governo Federal e da adesão de estados como Piauí e São Paulo. Riedel destacou que a alíquota no estado já é reduzida, entre 6% e 7%, e ressaltou a importância de entender os ciclos de mercado, que oscilam conforme oferta e demanda. O secretário de Fazenda, Flávio Cesar, está em Brasília para discutir o assunto, e medidas mais fortes poderão ser adotadas se necessário.
O Governo Federal anunciou algumas medidas para reduzir o custo dos itens da cesta básica, incluindo a isenção da alíquota de importação, e também pedido aos estados que zerem o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre esses produtos. Estados como Piauí e São Paulo já adotaram a medida.
Riedel destacou que Mato Grosso do Sul tem uma alíquota importante no Estado. “Não é 17% que é o ICMS, se eu não me engano aqui é 6% ou 7%, tem uma redução bem expressiva e parar alguns já zerado”, disse.
Ele completou dizendo que é necessário entender os ciclos, já que os preços dos alimentos oscilam.
“Vamos entender os ciclos de mercado, porque depois de amanhã, da mesma maneira que está caro, vai estar muito barato. Produtos agrícolas, de uma maneira geral, a alimentação, eles têm ciclos de mercado, que são frutos de oferta e demanda. Estamos vivendo uma conjuntura econômica complexa no Brasil, de inflação alta. É uma outra discussão. Mas a gente não vai ficar tomando medida casuística em função do momento específico”, destacou.
Ainda de acordo com Riedel, o secretário de Fazenda, Flávio Cesar, está em Brasília para discutir sobre esse assunto. “Ele vai voltar e nós vamos discutir, se precisar ter uma medida mais forte, vamos adotar”, finalizou.
Nos últimos meses, o Campo Grande News noticiou por diversas vezes sobre o aumento no preço dos alimentos. De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o valor da cesta básica aumentou 10,41% em Campo Grande, de janeiro a dezembro do ano passado. Em fevereiro, a alta foi de 0,47%, sendo que a batata foi a "vilã", que registrou maior variação no período, 14,18%.
Além disso, Campo Grande ficou com a maior inflação de alimentos no Brasil, sendo de 11,3%.
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