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Política

Em meio ao 'Agosto Lilás', Câmara cria a Procuradoria Especial da Mulher

Grupo vai promover palestras, eventos e discussões, para estimular politicas públicas para as mulheres

Richelieu de Carlo | 08/08/2017 15:40
Delegada-geral da Polícia Civil Rosely Molina discursa no plenário da Câmara de Vereadores. (Foto: Izaías Medeiros/CMCG)
Delegada-geral da Polícia Civil Rosely Molina discursa no plenário da Câmara de Vereadores. (Foto: Izaías Medeiros/CMCG)

O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador João Rocha (PSDB), instituiu na sessão desta terça-feira (8) a Procuradoria Especial da Mulher, criada para estimular políticas públicas no Legislativo da Capital para as mulheres, promovendo palestras, eventos e discussões.

O grupo é formado pelas vereadoras Dharleng Campos (PP), presidente, e Cida Amaral (Podemos), na vice-presidência. "Queremos trabalhar com a escola do legislativo para montar cursos e palestras, direcionados aos assuntos que envolvem as mulheres. Vamos trabalhar com outros vereadores com intenção de atender as necessidades e beneficiar as nossas mulheres”, explicou Dharleng.-

"É muito importante a criação dessa procuradoria. Pretendemos falar sobre gêneros, sobre o empoderamento da mulher e vamos estar levando cursos para a população que realmente precisa, para uma sociedade com direitos iguais", complementou Cida Amaral.

A procuradoria foi criada em meio à campanha Agosto Lilás, mês voltado para combater a violência contra a mulher, e um dia após a Lei Maria da Penha completar 11 anos no Brasil.

Na sessão desta terça-feira, a delegada-geral da Polícia Civil Rosely Molina usou a tribuna da Câmara para falar sobre a legislação voltada para a proteção da mulher e estimular denúncias de violência doméstica e familar.

"A Lei Maria da Penha é muito feliz, principalmente por tratar a violência contra a mulher de cinco formas: violência física, violência psicológica, violência sexual, violência patrimonial e violência moral", disse Rosely, que comandou a Delegacia da Mulher de Campo Grande, e atualmente atua na Corregedoria do órgão.

Rosely Molina falou ainda que a lei ajudou a equilibrar a igualdade entre homens e mulheres. E que a violência contra a mulher continua subnotificada, mas melhorou bastante em relação a anos anteriores.

"As mulheres ainda sofrem com a violência, porém percebemos que com auxílio de vocês [vereadores] e a visibilidade que a Polícia Civil deu aos mecanismos de combate à violência, estamos registrando menores números de crimes gravosos, ameaças e injúrias, isso demonstra uma confiança no sistema, para que essa confiança se mantenha é necessário que todos nós nos unamos para que as pessoas tenham paz”, finalizou.

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