Ex-prefeita crítica “chororô” e rebate sucessor sobre rombo de R$ 15 milhões
Rhaiza afirma que o saldo das contas do município era de R$ 31 milhões
Ex-prefeita de Naviraí, Rhaiza Matos (PSDB) rebateu a denúncia de rombo de R$ 15 milhões nas finanças do município e destacou que quando foi chefe do Poder Executivo enfrentou os problemas sem fazer “chororô”.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
A ex-prefeita de Naviraí, Rhaiza Matos (PSDB), refutou as alegações do atual prefeito, Rodrigo Sacuno (PL), sobre um rombo de R$ 15 milhões nos cofres municipais. Rhaiza contrapôs as informações apresentadas pelo atual gestor, afirmando que o saldo bancário do município supera R$ 31 milhões e que a receita mensal média é de R$ 28 milhões, e não R$ 13 milhões como divulgado por Sacuno. Ela criticou a falta de embasamento técnico nas declarações do prefeito e a distorção de informações sobre dívidas com fornecedores e repasses previdenciários, alegando que esses repasses são feitos no mês subsequente ao desconto.
“Quando entrei na prefeitura, também assumi restos a pagar do ex-prefeito. E nem por esse motivo me vitimizei, fiz chororô ou fui a imprensa acusar gestores anteriores, ou chamar de irresponsáveis como o atual maldosamente fez”.
Logo que assumiu o cargo de prefeito, o advogado e ex-vereador Rodrigo Sacuno (PL) anunciou ter encontrado os cofres municipais arrasados. O balanço das finanças mostrou que a nova gestão recebeu a prefeitura com R$ 17.229.012,84 em dívidas. E somente R$ 2.206.926,53 de recursos próprios em caixa. Portanto, rombo de R$ 15.022.086,31.
“A retenção na folha de pagamentos de valores que foram descontados dos servidores, mas não repassados aos bancos, relativos aos consignados, Cassems e INSS somam uma dívida de R$ 5.491.560,42. Identificamos também a despesa com a Previdência vencida em dezembro, não paga e nem empenhada, sendo mais R$ 3.490.000,00”, disse o chefe do Poder Executivo durante coletiva de imprensa em 8 de janeiro.
Nesta segunda-feira (20), Rhaiza fez live e rebateu o caos financeiro. Segundo ela, o saldo das contas bancárias do município ultrapassa os R$ 31 milhões.
“O prefeito afirmou, sem qualquer embasamento técnico ou legal, que a prefeitura possui débitos com fornecedores da ordem de R$ 15 milhões, valor que depois foi alterado para R$ 17 milhões. Esse tipo de afirmação não se sustenta quando confrontado com a realidade dos números”, diz a ex-prefeita.
Ela ainda criticou o sucessor sobre o valor divulgado de arrecadação do município. “O prefeito declarou que a arrecadação da prefeitura seria de cerca de R$ 13 milhões. Essa informação é absolutamente equivocada. A média mensal da receita corrente do município é de R$ 28 milhões, e não R$ 13 milhões, como foi mencionado. Aí eu pergunto. Qual é a verdadeira intenção por trás dessas distorções? Desconhecimento da administração pública ou uma tentativa clara de manipular a opinião pública?”, questionou a ex-prefeita.
Rhaiza afirmou que sempre prestou contas à Câmara Municipal, portanto a Rodrigo, que era vereador. Porém, ela acusa que o então parlamentar não compareceu a nenhuma das audiências, situação que pode ser comprovada por meio das atas.
“Ademais, o prefeito criticou a essa ex-gestora por supostos problemas de repasse de valores descontados dos servidores para a Cassems e a Previdência, mas omitiu um detalhe fundamental: esses repasses são, por lei, realizados no mês subsequente. O mês subsequente a dezembro é janeiro. E é justamente em janeiro que esses repasses sempre foram realizados de forma regular, conforme as normas que regem a administração pública”, defende a ex-gestora.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.