Falha no supercomputador do TSE provocou atraso na divulgação das eleições
Luís Carlos Barroso, presidente do TSE, explicou que a falha ocorreu em "um dos núcleos de processadores do supercomputador"
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), disse que o atraso na divulgação da votação no País foi consequência de falha em “um dos núcleos de processadores do supercomputador que processa a totalização dos votos”.
“Houve atraso na totalização dos resultados por força de problema técnico”, disse Barroso, durante entrevista coletiva há pouco, em Brasília. O ministro acrescentou que amanhã poderia prestar mais informações com base nas explicações prestadas pela Secretaria de Informática do TSE.
O ministro disse que o problema não afeta o resultado das eleições. Ele explicou que, na abertura dos trabalhos, é feita impressão na urna eletrônica para mostrar que não teve voto naquele equipamento.
Ao final do dia, o boletim com fiel resultado dos votos depositados é impresso e distribuído para os representantes dos partidos. “A ideia de que a demora possa trazer atraso em algum resultado não faz sentido”.
O ministro enfatizou que o problema ocorrido é “exclusivamente do TSE”, explicando que os TREs enviaram os dados ao tribunal superior normalmente. “Foi um problema técnico de hardware, o processo de somar essas mais de 400 mil seções é que ficou extremamente lento”.
Na entrevista, Barroso também falou sobre o “suposto vazamento” de dados que teria ocorrido esta manhã. Segundo relato feito pelo delegado aposentado da PF (Polícia Federal), Orlando Alexandre, ao ministro, este vazamento ocorreu anterioremente a 23 de outubro e refere-se a fatos “bastante pretéritos”, de 2001 e 2010, todos, de informações irrelevantes, disse o presidente do TSE, citando dados de ministros aposentados e antigos funcionários do tribunal.
Sobre o ataque ao sistema do TSE, Barroso disse que aconteceu às 10h41 (horário de Brasília), foi repelido a tempo e não teve qualquer relação com a lentidão na divulgação dos votos no País. De acordo com o ministro, foi um acesso múltiplo de várias origens, vindo do Brasil, EUA e Nova Zelândia, tentativa de criar volume de acessos para derrubar o sistema, o que não aconteceu. “Foi completamente inócuo”.