Força Tarefa vai ouvir 10 acusados de desviar R$ 2,6 milhões nesta terça
A Força Tarefa do MPE (Ministério Público Estadual) vai ouvir os 10 acusados pelo desvio de recursos nas obras de conservação da MS-171, em Aquidauana. Os depoimentos foram marcados para o período da tarde. Eles ficaram presos por 24 horas, após o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete, decretar a prisão temporária (por cinco dias) e o desembargador Claudionor Miguel Abss Duarte conceder o habeas corpus no sábado.
Os depoimentos foram marcados após os advogados de defesa serem recebidos pelos promotores envolvidos na investigação. Serão ouvidos o ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal Edson Giroto, o empresário João Alberto Krampe Amorim; a sócia da Proteco, Elza Cristina Araújo dos Santos, os ex-presidentes da Agesul, Maria Wilma Casanova e Wilson Tavares, os engenheiros João Afif Jorge, Maxwell Thomé Gomez (chefe do escritório da Agesul em Coxim), Rômulo Tadeu Menossi (diretor da Proteco) e Donizete Rodrigues da Silveira e o ex-deputado estadual Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano.
Eles são acusados de desviar R$ 2,6 milhões da obra de cascalhamento da MS-171. Conforme auditoria do Governo estadual, foram pagos R$ 4,5 milhões pelo serviço numa extensão de 90 quilômetros. No entanto, os técnicos constataram que só foram cascalhados 63,2 quilômetros.
As investigações ocorrem no âmbito da Operação Lama Asfáltica. Dos 10 presos, oito já estavam detidos desde terça-feira, quando o juiz decretou a prisão temporária pelo desvio de R$ 2,9 milhões na MS-228.
Uma terceira obra, a MS-184, também faz parte da mesma auditoria. Neste caso, segundo a Secretaria Estadual de Infraestrutura, o montante desviado somou R$ 6,2 milhões.
Após as prisões, os advogados dos acusados procuraram o MPE e pediram o agendamento dos envolvidos nas denúncias. O Campo Grande News apurou que todos os advogados foram recebidos na manhã de hoje e comunicados de que os depoimentos vão ocorrer amanhã à tarde.