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Política

Gilmar deve pagar pelo prédio da Câmara no máximo R$ 11,2 milhões

Josemil Arruda | 22/04/2014 16:46
Mario Cesar crê que Olarte depositará valor avaliado pela Câmara (Foto: arquivo)
Mario Cesar crê que Olarte depositará valor avaliado pela Câmara (Foto: arquivo)

O prefeito Gilmar Olarte (PP) deve determinar a quantia e fazer o depósito amanhã do valor do prédio ocupado pela Câmara de Campo Grande, na Rua Ricardo Brandão, bairro Jatiuka Park. A quantia não deve passar de R$ 11,2 milhões, na opinião do presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), que esteve reunido há pouco com o prefeito para definir o próximo passo da desapropriação iniciado no dia 10 de março com a publicação do decreto 12.301 no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande).

“O prefeito e o procurador-geral do Município estão mexendo com o processo de desapropriação, fazendo a avaliação do prédio. Parece-me que amanhã resolve isso”, informou o presidente da Câmara. “O que o prefeito tem de fazer é determinar o valor e fazer o depósito”, acrescentou Mario Cesar, que busca a solução urgente já que o prazo para cumprimento da ordem de despejo vence em 48 horas, indo até a próxima quinta-feira (24).

Indagado sobre qual valor deve ser depositado, Mario disse acreditar que deverá ser próximo do valor estimado pela Câmara. “Pela minha estimativa, que é extraoficial, o prédio está avaliado entre R$ 10,8 milhões e R$ 11,2 milhões”, afirmou o dirigente. Mesmo que atinja R$ 11,2 milhões, o valor é apenas 37,33% do reivindicado pela empresa dona do prédio.

Se realmente o depósito a ser feito pelo prefeito Gilmar Olarte não passar de R$ 11,2 milhões, certamente deverá haver discordância do dono do prédio, a empresa Haddad Engenheiros Associados, que considera que o imóvel vale hoje pelo menos R$ 30 milhões. Além disso, a locadora também exige os valores de aluguéis atrasados, os quais, segundo ela, somariam hoje R$ 17 milhões.

Por ocasião da desapropriação no começo de março, o advogado da empresa, André Borges, se tiver disposição da prefeitura em quitar essa conta, que totaliza R$ 47 milhões, poderia até ser feita a desapropriação amigável. “Mas acho difícil isso acontecer. Há muitos anos a Haddad vem sendo vítima de um monumental calote”, afirmou ela na época.

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