Guardas vão à Câmara pedir ajuda para receber adicional de periculosidade
Recurso está previsto na Lei Orçamentária Anual, mas há impedimento legal para guarda armado, segundo vereador
Dezenas de guardas civis metropolitanos participaram da sessão desta quinta-feira (9) em mobilização para chamar atenção dos vereadores de Campo Grande. Eles cobram o pagamento de adicional de periculosidade, assegurado pela LOA (Lei Orçamentária Anual) para o ano de 2023.
Com 1.215 guardas, a categoria chegou a organizar greve para reivindicar direitos no ano passado. O presidente do SindGM-CG (Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande), Hudson Bonfim, usou a tribuna para levantar o assunto na Casa de Leis.
Ele explica que o valor, correspondente à metade de um salário mínimo, deveria começar a ser pago em janeiro deste ano.
“A prefeita Adriane Lopes alega que não pode pagar. Viemos pedir ajuda aos vereadores. Estamos dispostos a aceitar uma verba indenizatória, como ela fez com os professores. O impacto na folha não é maior que R$ 800 mil”, disse Hudson.
O sindicalista conta que teve reunião com a prefeitura no dia 28 de fevereiro e foi pedido um prazo de 20 dias para analisar a legalidade desse adicional. “Já está previsto no orçamento aprovado na Câmara no ano passado. Acredito na boa fé, mas a legalidade já está pacificada nessa questão. Agora, é ver a forma que a prefeitura vai fazer para pagar”, detalhou Hudson.
O líder da prefeita na Câmara Municipal, vereador Roberto Avelar, o “Beto” (PSD), disse que a questão está sendo analisada, porque há uma legislação federal que diz que o guarda armado não deve receber esse adicional de periculosidade, porque já está armado, fazendo a própria segurança.
“O salário realmente está defasado, mas temos que achar outra alternativa e o Executivo está estudando a melhor maneira de fazer isso”, comentou Beto.
A reportagem aguarda resposta da Prefeitura de Campo Grande sobre o pagamento do adicional de periculosidade.