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Política

Igrejas apelam a deputados contra furtos e polícia culpa moradores de ruas

Em reunião na Assembleia nesta quinta-feira (30) o delegado-geral da polícia afirmou que 99% dos casos têm moradores de rua como autores

Izabela Sanchez e Leonardo Rocha | 30/08/2018 11:55
Deputados em reunião na sala da presidência nesta quinta-feira (30) (Leonardo Rocha)
Deputados em reunião na sala da presidência nesta quinta-feira (30) (Leonardo Rocha)

Deputados da Comissão de Segurança da Alms (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) reuniram-se com representantes da segurança pública nesta quinta-feira (30) para discutir os furtos e depredações em igrejas. Delegado-geral da polícia civil, Marcelo Vargas Lopes afirmou que 99% dos casos têm moradores de rua como autores.

A reunião ocorreu na sala da presidência. Além do delegado-geral, participaram da discussão o secretário de segurança do Estado, Antônio Carlos Videira e os deputados Herculano Borges (SD), José Carlos Barbosa (DEM), Cabo Almi (PT), Amarildo cruz (PT) e Paulo Siufi (MDB).

Segundo o delegado-geral, relatório de inteligência identifica que, de 9 furtos praticados nos últimos meses, três pessoas já foram presas. Foi possível identificar os moradores de rua, conforme o delegado, com as imagens das câmeras de segurança.

Lopes ressaltou que as ações sociais realizadas pelas igrejas junto à comunidade podem ter possibilitado que os moradores de rua conhecessem o interior dos locais e identificassem a falta de segurança. O delegado afirma que é necessário mais cuidado durante o acolhimento.

Os deputados definiram próxima reunião para quarta-feira (5) às 11h na Assembleia. Devem participar do encontro a OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso do Sul), Conselho Municipal de Segurança, representantes do judiciário, assistência social do município, Defensoria Pública e o Arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa.

Presidente da Comissão, Cabo Almi (PT) acredita que as ações devem ser mais abrangentes para contemplar assistência social, além de segurança. “Esse grupo, junto, tem que decidir que ações serão tomadas” comentou.

Segundo o deputado, muitos moradores são de outra cidade e estão na Capital por falta de dinheiro pra voltar para casa. A ideia , conforme explicou, é fazer um mapeamento nos na região das igrejas com ajuda da polícia militar e assistência social.

Outra ação que será definida é intensificar as rondas policiais nos horários de cultos e missas. O deputado também quer monitorar, com uso de tornozeleiras, quais moradores já foram presos ou respondem à delitos em liberdade.

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