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Política

Justiça anula a eleição da mesa diretora da Câmara Municipal

Antonio Marques | 09/01/2016 11:55

Em decisão inédita o juiz da Comarca de Sete Quedas anulou a eleição da mesa diretora da Câmara de Paranhos ocorrida no dia 30 de junho de 2014 para o biênio 2015/16. Ele acatou um pedido feito pelo vereador Adelcino Pereira de Almeida, o Professor Guto (PT), e pelos suplentes a vereador (que na época do pedido exerciam mandatos na câmara) João Pinheiro (PR) e Nilson Vanderlei, o Coruja (PMDB).

Para os então vereadores, o processo eleitoral da mesa foi realizado com diversas irregularidades e ignorando o regimento interno da Casa, no que se refere principalmente à publicação da eleição, argumentos aceitos pela justiça que julgou nula a eleição e ainda condenou o presidente a arcar com as despesas dos honorários e promover uma nova eleição no prazo de 20 dias a contar do final do recesso legislativo.

Para o vereador Guto, que considerou a decisão do juiz Guilherme Henrique Berto de Almada imparcial e coerente, a eleição da mesa diretora foi realizada cheia de irregularidades com o intuito tão somente de satisfazer a vaidade de um vereador que quis ser presidente a todo custo sem levar em consideração as leis vigente do próprio legislativo municipal, “que simplesmente precipitou pra ver seu sonho realizado conduzindo um processo eleitoral completamente irregular, conforme constatado até mesmo por colegas de seu próprio partido.”

Desabafou Guto que afirmou ainda que a decisão cabe recurso e no caso de outra eleição não sabe precisar se o atual presidente poderá se candidatar, caso positivo o vereador acha difícil que haja entre seus pares algum que tenha coragem de votar novamente em um vereador que banalizou o regimento interno da câmara e ignorou seus próprios colegas.

Para o vereador Nilson Vanderlei, o Coruja, a justiça agiu com seriedade, considerando que as irregularidades na eleição da Mesa. “Foram tantas que até mesmo alguns colegas de partido do vereador Paulo Sérgio Rufino (PSDB), atual presidente, que foi beneficiado com a eleição fajuta, haviam observado e não concordaram”, comentou ele, que conclamou a população a exigir que os vereadores elejam um outro candidato, caso o atual possa se candidatar novamente.

No transcorrer do processo foram testemunhas as vereadoras Maristela de Jesus Venal (PROS), Professora Helizabeth Brites Benites e o vereador Osmar Pereira Cordeito, ambos do PSDB. O Campo Grande News não conseguiu contato com o vereador Paulo Rufino para dar seus esclarecimentos sobre a eleição da Mesa.

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