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Política

Lula fará sobrevoo em áreas incendiadas e visitará o Prevfogo em Corumbá

Comitiva presidencial estará com vários ministros e autoridades dos 2 estados do Pantanal para sancionar lei

Por Gabriela Couto | 30/07/2024 12:20
lNo centro da imagem o governador Eduardo Riedel (PSDB) ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante visita a planta da JBS, em Campo Grande, em 14 de abril deste ano (Foto: Arquivo/Saul Scharmm)
No centro da imagem o governador Eduardo Riedel (PSDB) ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante visita a planta da JBS, em Campo Grande, em 14 de abril deste ano (Foto: Arquivo/Saul Scharmm)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarca em Mato Grosso do Sul nesta quarta-feira (31) para acompanhar os trabalhos de combate aos incêndios florestais no Pantanal e sancionar a lei que regulamenta o manejo integrado do fogo no Brasil.

O petista estará em Corumbá durante a manhã e depois segue para cidades do Mato Grosso à tarde. Esta é segunda vez neste ano que Lula vem ao Estado.

Até o momento seis ministros estão confirmados no evento, e há a previsão que esse número possa chegar a 15. Além da comitiva presidencial, autoridades estaduais e do Congresso Nacional dos dois estados que representam o bioma devem acompanhar a visita.

Estão confirmados também o governador do Estado, Eduardo Riedel (PSDB) e o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil). Todos devem sobrevoar as áreas atingidas pelo fogo, a partir das 10h. Até o momento, cerca de 1 milhão de hectares já foram incendiados no Pantanal, entre 1º de janeiro e ontem.

Depois de visualizar as cinzas, a partir das 11h, haverá uma visita as instalações da base local do Ibama/Prevfogo, para acompanhar os trabalhos de combate aos incêndios florestais no bioma.

Na oportunidade será sancionado o Projeto de Lei n° 1818/2022, que institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, na Brigada Pronto Emprego Pantanal, Parque Marina Gatass, em  Corumbá.

Fogo consome biodiversidade pantaneira  e Corpo de Bombeiros usa tratores para abrir aceiros (Foto: Arquivo/Eleandro Pereira)
Fogo consome biodiversidade pantaneira  e Corpo de Bombeiros usa tratores para abrir aceiros (Foto: Arquivo/Eleandro Pereira)

Lei - O texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 2021 e passou pelo Senado em julho de 2024. Para práticas agropecuárias, o uso do fogo será permitido apenas em situações específicas, em que peculiaridades o justifiquem.

Também será permitido utilizar o recurso nos seguintes casos: pesquisa científica aprovada por instituição reconhecida; prática de prevenção e combate a incêndios; cultura de subsistência de povos indígenas, comunidades quilombolas ou tradicionais e agricultores familiares; e capacitação de brigadistas florestais.

O projeto define os tipos de queimada como controlada e prescrita. A primeira é a usada para fins agropecuários em áreas determinadas e deverá constar em plano de manejo integrado do fogo, com autorização prévia dos órgãos competentes. A autorização para queimada controlada poderá ser dispensada para fins de capacitação em manejo integrado do fogo, desde que a área queimada não ultrapasse dez hectares e esteja de acordo com as diretrizes do Comitê Nacional de Manejo, cuja criação é prevista no texto.

A queimada prescrita ocorre com planejamento e controle do fogo para fins de conservação, pesquisa ou manejo dentro do plano integrado. É o que ocorre, por exemplo, no controle de espécies exóticas ou invasoras. Essa modalidade também exige autorização prévia.

Brigadistas do Prevfogo/Ibama em ação, sendo transportados por helicópteros até foco de incêndio (Foto: Arquivo/Alex Machado) 
Brigadistas do Prevfogo/Ibama em ação, sendo transportados por helicópteros até foco de incêndio (Foto: Arquivo/Alex Machado)

No caso de práticas agropecuárias, o texto prevê ainda a possibilidade de que o órgão competente estabeleça critérios para concessão de autorização por adesão e compromisso, que também deverá seguir todos os requisitos ambientais e de segurança estabelecidos na política. Além disso, os proprietários de áreas contíguas poderão fazer manejo do fogo de forma solidária, em que ambos respondem pela operação, caso o local tenha até 500 hectares.

Perto de 1 milhão - Aproxima-se de 1 milhão de hectares a área que ardeu no Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul entre 1º de janeiro e ontem.

Conforme mostram os dados do Lasa-URFJ (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro) obtidos por imagens de satélite, 909.300 hectares é a extensão que virou cinzas no período.

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