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Política

Maioria da bancada de MS é a favor de compra de vacina por empresas

Dos oitos deputados federais, seis apoiaram a proposta votada na Câmara

Aline dos Santos | 07/04/2021 08:32
Deputados que integram a bancada federal de MS. Na parte de cima: Loester Carlos, Beatriz Cavassa, Rose Modesto e Vander Loubet. Na parte inferior: Dagoberto Nogueira, Luiz Ovando, Fábio Trad e Beto Pereira. 
Deputados que integram a bancada federal de MS. Na parte de cima: Loester Carlos, Beatriz Cavassa, Rose Modesto e Vander Loubet. Na parte inferior: Dagoberto Nogueira, Luiz Ovando, Fábio Trad e Beto Pereira.

A maioria da bancada federal de Mato Grosso do Sul votou a favor da liberação de compras de vacina contra a covid-19 pelo setor privado. O entendimento do Legislativo brasileiro segue na contramão do mundo, onde a imunização foi assumida pelos governos.

Além do agravante da escassez na fabricação de vacinas. Campo Grande, por exemplo, suspendeu a primeira dose nesta quarta-feira (dia 7), convocando para a fase de reforço.

Dos oitos deputados federais, seis apoiam a proposta da aquisição do imunizante por empresas: Beto Pereira (PSDB), Bia Cavassa (PSDB), Luiz Ovando (PSL), Fábio Trad (PSD), Loester Carlos Gomes de Souza (PSL), o Trutis, e Rose Modesto (PSDB).

Os parlamentares Dagoberto Nogueira (PDT) e Vander Loubet (PT) votaram contra a compra da vacina fora do SUS (Sistema Único de Saúde). O projeto foi votado na noite de ontem (dia 6) na Câmara Federal. O placar foi de 317 fotos a favor e 120 contrários.

Conforme a Agência Câmara, a proposta permite à iniciativa privada comprar vacinas contra a covid-19 para a imunização gratuita de seus empregados, desde que doe a mesma quantidade ao SUS.

Na tarde desta quarta-feira, serão votados os destaques, que podem alterar o texto-base do projeto.

Votos opostos  – Fábio Trad afirma que é a favor porque a proposta não tira vacinas do PNI (Programa Nacional de Imunização).  “Mantendo intacta a pactuação de 460 milhões de doses já celebrada entre poder público e empresas fabricantes. Mantida esta prioridade, penso que nada impede que, em relação a outros lotes de fabricação, possam as pessoas jurídicas de direito privado adquirir vacinas para imunizar seus funcionários e familiares, doando - como previsto na proposição - igual parte ao SUS”.

Já o deputado Dagoberto Nogueira se mostra cético sobre as vantagens para a população. “Está faltando vacina no mundo todo, se liberar para as empresas, com certeza o governo terá dificuldades de adquirir para o SUS. No momento da pandemia, ampliar mercado não significa ampliar produção. Sem a estratégia de um governo atuante para adquirir vacinas para todos, teremos muitos problemas e, com certeza, mais uma vez, quem sairá prejudicado será o povo brasileiro”.

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