Manifestação contra impeachment de Dilma leva 2,8 mil às ruas da Capital
A manifestação a favor do governo e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) reuniu 2,8 mil pessoas no Centro de Campo Grande, na tarde de hoje (16), de acordo com a Guarda Municipal. Os campo-grandenses usaram vermelho para percorrer as ruas da cidade e pedir que a presidente não seja retirada do poder.
A passeata passou pelas ruas 14 de Julho, Marechal Cândido Mariano Rondon e 13 de Maio. Depois o grupo voltou para a Praça Ary Coelho. O coordenador da Frente Brasil Popular do Estado, Mario Fonseca da Silva, apontou que o protesto não é necessariamente a favor do governo, mas “para lutar pela democracia feita pela população através das urnas”.
João Guerreiro, 59 anos, levava uma bandeira do Brasil consigo, alegando querer defender o Governo e o resultado das eleições. “Não é um pedido que ela fique, mas que tudo seja feita de forma justa”, comentou. De acordo com a organização do evento, três mil pessoas se reuniram no ato.
Vários movimentos participaram do manifesto, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), MST (Movimento Sem Terra) e Lideranças Indígenas, como Elizete Almeida, 52, da Aldeia Água Bonita.
Ela assegurou que a presidente ajudou a população carente do país, com recursos como Bolsa Família. “Ela ajudou muito, principalmente as causas indígenas”.
Mas nem todos que estavam no protesto, tinham o mesmo objetivo. O motorista Ronaldo França, 33, passava pelo local, mas teve que esperar o movimento sair da rua. “Acho isso, no mínimo, vergonhoso. Porque não faz isso no sábado ou domingo, que o fluxo é menor”.
Irritado com o trânsito, o motorista afirmou que não é a favor da manifestação pró Dilma. “Ela sabe de toda a corrupção, como investigada na Lava Jato, mas não faz nada para combater isso”, comentou Ronaldo.
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