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Política

Marquinhos cita problemas, mas afirma que gestão cumpriu metas

Prefeito admite falhas com a taxa do lixo, mas destaca que administração conseguiu executar tudo o que o Paço Municipal teve condições e reforça parceria com Câmara e governo

Humberto Marques e Kleber Clajus | 02/02/2018 12:17
Prefeito afirma que gestão da Capital realizou tudo o que teve condições em 2017. (Fotos: Marcos Ermínio)
Prefeito afirma que gestão da Capital realizou tudo o que teve condições em 2017. (Fotos: Marcos Ermínio)

Em um discurso calçado no agradecimento por parcerias com sua administração, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) afirmou nesta sexta-feira (2), na Câmara de Campo Grande, que totalizou 25% de sua gestão “com o sentimento de realizar tudo o que tivemos condições”. A declaração foi dada durante a abertura do ano legislativo, no plenário da Casa de Leis.

Em sua fala, Marquinhos avaliou que conseguiu realizar no primeiro ano de sua gestão “boa parte das metas da campanha” de 2016. Segundo ele, as cobranças sobre sua administração são resultado do desejo da população em ver mudanças rápidas na prefeitura.

Marquinhos ainda agradeceu aos servidores pela “harmonia” no Paço Municipal, bem como pela compreensão de “não ter nenhum tipo de greve”. “Superamos os momentos difíceis, sem egocentrismo ou individualismos”, salientou o prefeito, ao dirigir também agradecimentos à administração do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), “que colaborou com aquilo que era possível”.

Sem adentrar profundamente em problemas herdados por sua gestão –citando apenas a falta de uniformes para a educação e o almoxarifado da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) recebido sem medicamentos–, Marquinhos destacou a parceria com a Câmara, afirmando que tudo o que sua gestão apresentou foi feito “em conjunto com os 29 vereadores”.

Rocha reforçou parceria e pediu que se evite a má-fé sobre "temas sensíveis"
Rocha reforçou parceria e pediu que se evite a má-fé sobre "temas sensíveis"

Taxa do lixo – Marquinhos também aproveitou o discurso para apontar falhas no trabalho executado no primeiro ano de gestão, apontando diretamente para a polêmica envolvendo a cobrança da taxa do lixo. “Quando erramos, temos de reconhecer e imediatamente corrigir”, destacou o prefeito.

Idealizada para reduzir o custo da coleta de lixo para até 60% da população, a nova taxa do lixo acabou tendo efeito contrário, elevando o valor do serviço para 98% da população por conta de um erro técnico na aplicação de planilhas. Como resultado, a prefeitura aceitou primeiro segregar a taxa dos carnês do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e, depois, anunciou a suspensão da cobrança.

“Erramos no cálculo da taxa do lixo, mas por conta disso vamos jogar tudo fora?”, questionou Marquinhos, ao propor a união de forças. “Se não tivermos essa mentalidade, dificilmente teremos prosperidade e a cidade terá desenvolvimento”. Reforçando o desejo de manter a “harmonia” com a Câmara, ele entregou a cada vereador uma apostila detalhando todas as ações do primeiro ano de administração, destacando o desejo pelo diálogo, “ainda que esta casa tenha votações de projetos que não convergem com o Executivo”.

O presidente da Câmara, João Rocha (PSDB), em resposta ao prefeito, pontuou que “estamos juntos para acertar e errar”, pedindo ainda que não haja ma-fé em posicionamentos públicos sobre “temas sensíveis”. Já o secretário de Estado de Governo, Eduardo Riedel, relembrou o cenário adverso gerado pela crise, mas reforçou que a administração estadual segue como parceria do município em setores como saúde, segurança e infraestrutura.

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