Meia hora antes de morrer, Ari Artuzi soube de sentença que o “inocentou”
Por volta de 22 horas de ontem, meia hora antes de falecer, o ex-prefeito de Dourados Ari Artuzi ficou sabendo que o juiz José Domingos Filho, da 6ª Vara Civil, julgou improcedentes as ações civis públicas contra ele, movidas em razão de contratações tidas como irregulares com a empresa Medianeira, de transporte coletivo urbano douradense, a MWR Construtora, o Hospital Evangélico e relativas ao bloqueio de R$ 25 milhões.
As provas não eram suficientes para condenar Artuzi, conforme a sentença, o que não é propriamente “inocentação”, mas deram muita satisfação ao ex-prefeito. O mensageiro da boa nova para o moribundo foi Julio Luiz Artuzi, de 59 anos, ex-vereador e tio do finado, que escreveu a informação num pedaço de papel e pediu para que fosse passado para o ex-prefeito. “Morreu em paz por ter sido absolvido”, afirmou o tio.
O ex-vice-prefeito Carlinhos Cantor, companheiro de Artuzi na administração municipal, disse que a decisão do juiz mostra que provas da Operação Uragano são ilegais. “As verdades não pegam atalho; mas por mais que demorem, aparecem”, declarou.
Silvana Moraes, acadêmica de Direito também presente no velório do ex-prefeito, também exaltou o fato de Artuzi ter ficado sabendo da decisão judicial. “Ao saber dessa decisão , ele foi em paz”, ressaltou a estudante.
Na parte religiosa do evento fúnebre, o pastor que fez uso da palavra também falou da decisão da Justiça “inocentando” Artuzi.