Após 6 meses de espera, Ministério nomeia chefe do Dnit em MS
Nome cotado para MS, vai comandar órgão federal no Ceará
O Ministério do Transporte nomeou Euler José dos Santos para a superintendência do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) em Mato Grosso do Sul. Ele é servidor do quadro de pessoal do ministério.
O cargo no Estado estava vago desde 2 de janeiro, quando Marcelo Miranda foi exonerado do posto após denúncias de irregularidade. Desde então, a superintendência era exercida de forma interina por Antônio Carlos Nogueira, número dois na hierarquia do órgão federal.
Cotado pela bancada do PMDB para o posto em Mato Grosso do Sul, o engenheiro civil José Luiz Vianna Ferreira foi nomeado hoje para comandar o Dnit no Ceará.
A cúpula do Dnit foi punida com demissão em processo administrativo disciplinar no início do ano. Na ocasião, foram demitidos Miranda, o chefe do Serviço de Engenharia, Guilherme Alcântara de Carvalho, e Carlos Roberto Milhorim, chefe do Dnit em Dourados.
Miranda e Guilherme foram punidos por desrespeito a dois artigos da lei sobre deveres dos servidores públicos federais: observar as normas legais e regulamentares; e levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo. Miranda foi governador de Mato Grosso do Sul, prefeito de Campo Grande e senador.
Carlos Roberto Milhorim foi enquadrado nos artigos de: valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; improbidade administrativa, lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional, e corrupção. O processo teve início em 2006, após operação da PF (Polícia Federal).
Logo em seguida às demissões, o engenheiro Carlos Antônio Marcos Pascoal era o indicado da bancada federal de Mato Grosso do Sul para o cargo, mas sua posse foi suspensa depois que o Campo Grande News divulgou que ele passou por investigação no TCU (Tribunal de Contas da União).
Pascoal é investigado por irregularidades em três contratos de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na BR-163, na divisa de Mato Grosso com o Pará. A investigação envolve recursos de R$ 500 milhões.