Moka volta a conversar com Eduardo Campos e mantém PSB como opção
O senador Waldemir Moka (PMDB) voltou a se reunir ontem à noite com o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, para discutir a sucessão presidencial, mantendo o PSB como alternativa de palanque para a sucessão de Dilma Roussef em Mato Grosso do Sul. Foi um jantar na casa de Jarbas Vasconcelos, com 13 senadores do chamado grupo independente - do PMDB, PDT, PP e DEM.
“Lá tinha seis senadores do PMDB: eu, Luiz Henrique (SC), Casildo Maldane (SC), Ricardo Ferraço (ES), Pedro Simon (RS) e o anfitrião Jarbas Vasconcelos”, informou Moka. “Estiveram presentes 13 senadores no total”, revelou. O cardápio culinário foi carne seca e lagosta e o político, as eleições do ano que vem. “O governador Eduardo Campos falou como ele pensa do País. Ele coloca a disputa pela Presidência como uma possibilidade, mas na minha opinião ele é candidato”, disse o senador sul-mato-grossense.
Indagado sobre o possível apoio do PMDB de Mato Grosso do Sul à candidatura presidencial de Eduardo Campos, com quem já participou de outra reunião junto com o governador André Puccinelli, Moka respondeu: “Eu sou um homem de partido; meu vínculo partidário é muito forte. Acho muito difícil tomar posição isolada”. O senador de MS descartou, porém, a possibilidade de deixar o PMDB para filiar-se ao PSB. “Essa conversa de sair do PMDB para i r para o PSB está descartada”, assegurou.
O caminho natural do PMDB no Estado seria também apoiar a candidatura de Dilma Roussef, mas a exigência do senador Delcídio do Amaral, pré-candidato a governador do PT, de que seja formado um “palanque único” para ela, afastou os peemedebistas. “O PMDB vai ter candidato a governador, mas o pessoal do PT não quer dois palanques para a presidente Dilma”, observou Moka. Nesse cenário é que Moka continua mantendo aberto o diálogo com o presidenciável socialista Eduardo Campos.
A imprensa nacional chegou a citar que Waldemir Moka seria alternativa do PMDB para disputar o governo do Estado, o que não teve a confirmação do peemedebista. “Isso não existe. Como candidato a senador fiz compromisso de apoiar o Nelsinho ou a Simone para o governo do Estado, o que estiver melhor”, afirmou Moka.
Apesar disso, o senador do PMDB também ainda vê a possibilidade de o seu partido fechar acordo eleitoral com o PSDB, que tem o deputado federal Reinaldo Azambuja como pré-candidato a governador. “Vou repetir pela centésima vez: Se o André não for candidato a senador, abre espaço para compor com Reinaldo Azambuja”, declarou Waldemir Moka.