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Política

MPE recomenda afastamento de vereadores da Comissão de Ética

Paulo Yafusso | 09/10/2015 14:46
Presidente da Comissão de Ética da Câmara, vereador João Rocha, diz que nenhum vereador será afastado da Comissão (Foto: Arquivo)
Presidente da Comissão de Ética da Câmara, vereador João Rocha, diz que nenhum vereador será afastado da Comissão (Foto: Arquivo)

O promotor de Justiça Fernando Zaupa, da 29ª Promotoria do Patrimônio Público, encaminhou à Câmara Municipal de Campo Grande recomendação para que vereadores que estão sendo investigados na Operação Coffee Break não participem de comissões que tratam do assunto, e aqueles que já fazem parte sejam afastados. A adoção desse procedimento foi sugerida pelo corregedor do MPE (Ministério Público Estadual), Mauri Valentim Riciotti.

O presidente da Comissão de Ética da Câmara, vereador João Rocha (PSDB), afirmou que a recomendação do MPE não prejudica os trabalhos do grupo, formado por ele e pelos vereadores Chiquinho Teles (PSD), que é o vice-presidente, Vanderlei Cabeludo (PMDB), Ayrton Araújo (PT) e Herculano Borges (SD). Segundo Rocha, desses, apenas Cabeludo e o petista prestaram depoimento ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), mas na condição de testemunhas e não investigados.

Mas ambos estão na lista dos 17 vereadores que tiverem os pedidos de afastamento feito pelo Gaeco indeferido pelo desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva. No pedido feito pelo Gaeco, os 17 vereadores são tratados como investigados. Ao rejeitar o pedido de afastamento deles, o magistrado afirmou em sua decisão que não viu a necessidade da adoção da medida, já que todos prestaram depoimento ao órgão do MPE. Bonassini também não vislumbrou o risco deles atrapalharem a investigação, caso permaneçam nos cargos.

O pedido de afastamento dos 17 vereadores faz parte do procedimento do Gaeco analisado por Luiz Claudio Bonassini. Ele só deferiu os pedidos de prisão temporária do prefeito afastado Gilmar Olarte e do empreiteiro João Alberto Krampe Amorim dos Santos, dono da Proteco. Os mandados de prisão foram expedidos na última quinta-feira. Amorim conseguiu liminar a um Habeas Corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e foi solto na sexta-feira. Gilmar Olarte se apresentou por volta das 5h30 de sexta-feira e permaneceu recolhido no Presídio Militar Estadual até a última terça-feira, quando venceu a temporária, que tem validade de cinco dias.

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