Citado em depoimento, João Rocha inicia trabalhos da Comissão de Ética
Os trabalhos da Comissão de Ética iniciam nesta quarta-feira, 23. Mesmo tendo sido citado por um investigado de ter participado de reuniões que discutiu a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP), o vereador João Rocha (PSDB) diz estar com a consciência tranquila para presidir a investigação.
Ao ser perguntado sobre a possibilidade de ser questionado, por algum colega, sua participação no comando da Comissão de Ética, por conta do depoimento do vereador Airton Saraiva (DEM), que revelou em depoimento ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), durante as oitivas da operação Coffee Break, que Rocha teria participado de reuniões que discutiu a troca do prefeito da Capital, num primeiro momento ele preferiu se abster sobre o assunto.
No entanto, ao ser novamente questionado sobre a possível suspeição na Comissão, João Rocha disse que se reservaria ao direito de, primeiro, tomar conhecimento do assunto, além de ver as defesas prévias dos colegas, para depois emitir opinião.
Neste sentido, ele lembrou que qualquer fala no momento sobre a declaração do vereador Saraiva não lhe caberia bem e poderia sugerir que estivesse fazendo defesa em causa própria. "Temos que deixar muito claro que todos os vereadores estão sendo investigados. Não há nenhum processo constituído, não são denunciados e nem são réus”, lembrou João Rocha, complementando que, por isso, eles vão responder à Comissão de Ética.
“Estou com a consciência extremamente tranquila no sentido de que em nenhuma dessas citações, que não tomei conhecimento oficial, me coloca em condição de suspeição”, frisou Rocha, acrescentando que se sente à vontade e preservado para cumprir a missão de que lhe foi delegada pelo colegiado.
Conforme o presidente da Comissão de Ética, ele não tem problema algum de comentar, de responder ou explicar, se for o caso, “mas penso que, no momento, pela missão que a mim está incumbida tenho que me preservar para que no momento certo e adequado eu possa falar o que for necessário”, explicou.
João Rocha alegou que, se preciso, vai até ouvir outros colegas e ouvir pessoas de outros segmentos para que possamos demonstrar transparência e isenção nos trabalhos da Comissão de Ética. “Acima de tudo, temos que procurar ser o mais justo possível. É com este espírito que vamos conduzir os trabalhos na Comissão”, declarou.
Até o final da manhã, Rocha ainda não havia marcado o horário da primeira reunião de trabalho da Comissão, que reúne, além dele, os vereadores Chiquinho Teles (PSD), vice-presidente; Vanderlei da Silva Matos, Vanderlei Cabeludo (PMDB); Ayrton Araújo (PT) e Herculano Borges (SD). O relator será escolhido após o início dos trabalhos, a depender da quantidade de processos a serem abertos.