Campo Grande teve 118 pontos de alagamentos durante chuva
Capital segue em alerta após chuvas superarem 76% da média mensal em 24 horas
Em meio ao cenário crítico provocado pelas fortes chuvas que atingem a capital desde a última quinta-feira (24), a prefeita Adriane Lopes (PP) reuniu-se no início da tarde de hoje (25), na sede da Defesa Civil de Campo Grande, com representantes da Defesa Civil, Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), Ouvidoria Municipal e vereadores da base aliada, para definir ações emergenciais e reforçar a resposta do município aos efeitos do temporal.
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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, reuniu-se com a Defesa Civil e outras autoridades para discutir ações emergenciais devido às fortes chuvas que atingem a cidade. Com previsão de mais chuvas, a cidade está em alerta, com 118 pontos de alagamento e 394 solicitações de retirada de árvores. A Agetran fará desvios em áreas críticas, como a Chácara dos Poderes e a avenida Ernesto Geisel. A prefeitura está desenvolvendo um plano de contingência para lidar com as mudanças climáticas e evitar futuros problemas. A população pode relatar problemas pelo telefone 156.
De acordo com a prefeita, há previsão de mais chuvas para esta sexta-feira, sábado e domingo, e o município segue em estado de alerta.
“Temos um monitoramento constante e precisamos redobrar os cuidados com a população. Ontem identificamos locais críticos, com nossas equipes atuando preventivamente para reduzir os impactos. Mas infelizmente, alguns cidadãos não respeitaram as placas e fitas de contenção”, afirmou.
Adriane anunciou que a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) fará desvios em ruas com risco iminente, devido ao solo encharcado. Duas regiões são prioritárias: a Chácara dos Poderes, onde será feito um desvio em conjunto com a Defesa Civil e a Secretaria de Obras; e a avenida Ernesto Geisel, com pontos críticos próximos ao Guanandizão, Belas Artes e Hospital Alfredo Abraão.
Entre os números apresentados pela prefeitura, destacam-se: 118 pontos de alagamento identificados; 328 solicitações de retirada de galhos e árvores por obstruírem vias públicas. Ontem 25 equipes estavam na rua atuando nos pontos críticos e nesta sexta-feira são 35 equipes.
A prefeita reforçou que todas as regiões com problemas foram mapeadas pelas equipes e que os atendimentos seguem priorizando os casos mais urgentes. Os moradores podem acionar os serviços municipais pelo telefone 156. Lonas de proteção já foram distribuídas, especialmente na região da Aldeia Água Funda.
Além dos pontos em intervenção imediata, outras áreas que preocupam são os bairros Rachid Neder, Bosque das Araras, Los Angeles, Noroeste e Mascarenhas de Moraes. Esses locais já registraram danos e continuarão sendo monitorados nos próximos dias.
“A chuva veio além do previsto. Ontem foram 75 milímetros e hoje podemos ter o mesmo volume. O acumulado desde o feriado da Páscoa é equivalente ao esperado para o mês inteiro”, destacou Adriane. “A gente está fazendo um trabalho preventivo para evitar novas ocorrências e proteger a população.”
O coordenador municipal da Defesa Civil, Enéas Netto, também participou da reunião e reforçou o alerta laranja vigente até amanhã de manhã. Segundo ele, as chuvas são atípicas para abril e superam a média histórica.
“Em apenas 24 horas choveu 88 milímetros — 76% do total previsto para todo o mês. Com isso, os danos são inevitáveis. Pedimos que a população relate problemas imediatamente pelo 156 ou 199”, afirmou.
A prefeitura está acelerando a construção de um plano de contingência, elaborado pelas secretarias de Planejamento, Obras e Defesa Civil. A proposta é reforçar medidas de adaptação às mudanças climáticas que impactam a cidade.
A prefeita citou avanços como a base de contenção na região do Shopping Campo Grande, que evitou alagamentos históricos, e a obra na bacia do Noroeste, atualmente em andamento.
Já o Lago do Amor, que não é de responsabilidade direta do município, passa por um plano de recuperação ambiental em parceria com a UFMS, Governo do Estado, Ibama e bancada federal.
“Estamos estudando soluções preventivas para evitar que esses problemas se repitam nos próximos anos. A cidade está mudando sua forma de lidar com as chuvas, e bacias de contenção são parte dessa resposta”, concluiu Adriane Lopes.
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