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Política

“Não sou alvo, nem investigado”, diz ex-prefeito sobre operação da PF

Ação combate desvio de recursos públicos na reforma de praça em Corumbá

Aline dos Santos | 12/05/2021 10:50
Policiais federais foram a edifício em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)
Policiais federais foram a edifício em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

Ex-prefeito de Corumbá, Paulo Duarte (MDB) afirma que não foi alvo da operação Independência, deflagrada nesta quarta-feira (dia 12) pela PF (Polícia Federal) e CGU (Controladoria-Geral da União).

“Esclareço que não sou alvo, nem investigado, na referida operação. Não tenho conhecimento, muito menos acesso, ao processo investigatório”, diz Paulo Duarte, em nota.

Ele lembra que as situações investigadas ocorreram há sete anos. “Aguardo, de forma tranquila e serena, o desenrolar dos procedimentos e espero que os esclarecimentos necessários ocorram o mais rápido possível”.

Com oito mandados de busca e apreensão  em Corumbá e Campo Grande, a ação combate desvio de recursos públicos na reforma da Praça da Independência. A obra custou R$ 2.060.353,02, sendo R$ 1,6 milhão do PAC Cidades Históricas, programa do governo federal.

Em Campo Grande, equipes foram a edifício na Rua Antônio Maria Coelho, onde mora o ex-prefeito de Corumbá.  

Viatura da PF em frente a edifício D'Orsay, na Rua Antônio Maria Coelho. (Foto: Henrique Kawaminami)
Viatura da PF em frente a edifício D'Orsay, na Rua Antônio Maria Coelho. (Foto: Henrique Kawaminami)

Segundo as investigações, grupo teria sido favorecido na celebração do procedimento licitatório, além de não ter entregue, ou ter entregue apenas em parte, a obra de reforma da Praça Independência. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Corumbá.

Os alvos das buscas são empresários e funcionários públicos ligados à administração de 2013 a 2016. Executada pela empresa C.C. Ferreira Lopes & Cia Ltda, que tem sede em Corumbá,  a reforma da praça foi entregue em 29 de junho de 2016.

De acordo com a CGU, foram identificadas restrições à competitividade do certame, indicativo de fraude processual, falsidade ideológica e a existência de vínculos entre integrantes da empresa contratada e agentes públicos municipais diretamente relacionados com a contratação e a execução da obra. O pente-fino da corregedoria derivou de pedido do MPF (Ministério Público Federal).

A praça, com 11 mil metros quadrados, foi construída pelo paisagista francês Auguste François-Marie Glaziou, e na época, representou o status de modernidade para a “Cidade Branca”.

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