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Política

No 2º depoimento, Amorim se calou para todas as 60 perguntas do Gaeco

Aline dos Santos | 14/10/2015 12:59
No dia 5, João Amorim não deu entrevista nem respondeu aos promotores. (Foto: Fernando Antunes)
No dia 5, João Amorim não deu entrevista nem respondeu aos promotores. (Foto: Fernando Antunes)

O depoimento do empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos no último dia 5 ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) foi marcado pelo silêncio.

O proprietário da Proteco Construções não respondeu a nenhuma das 60 perguntas dos promotores. “O João Amorim se reservou ao direito de não responder. Mas nós fizemos questão de consignar as mais de 60 perguntas. Por isso até demorou bastante a oitiva”, afirma o promotor Marcos Alex Vera de Oliveira.

Um dos investigados na operação Coffee Break, Amorim já havia prestado depoimento no dia 25 de agosto. Na ocasião, ele afirmou que torceu como cidadão pela cassação do prefeito Alcides Bernal (PP) e falou sobre contratos com o poder público. Somente perguntas envolvendo áudios, captados na operação Lama Asfáltica, não foram respondidas. A ação foi realizada pela PF (Polícia Federal) em 9 de julho e investiga desvio de dinheiro em obras.

No dia 30 de setembro, o TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) autorizou as prisões temporárias por cinco dias do prefeito afastado Gilmar Olarte (PP) e João Amorim. O prefeito afastado ficou preso todo o período. Amorim obteve habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e foi solto após 34 horas na prisão.

Olarte foi ouvido pelo Gaeco no dia 6 de outubro. Ele respondeu a todas as perguntas e deu sua versão sobre os fatos. A Coffee Break investiga compra de votos de vereadores para cassação do prefeito de Campo Grande em março de 2014. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de João Amorim.

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