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Política

Nomeação de irmã revela nepotismo cruzado entre Assembleia e TCE

Leonardo Rocha | 01/04/2015 10:36
Rinaldo Modesto contratou irmã do presidente do TCE, no mesmo período da contratação de seus filhos (Foto: Roberto Higa)
Rinaldo Modesto contratou irmã do presidente do TCE, no mesmo período da contratação de seus filhos (Foto: Roberto Higa)

O deputado estadual Rinaldo Modesto (PSDB) contratou Vanda Neves Barbosa, irmã do presidente do TCE (Tribunal de Contas Estadual), Waldir Neves, no mesmo período em que seus filhos foram contratados pela instituição (TCE), um por contrato temporário e o outro para assessor de gabinete. Esta ação pode ser descrita como nepotismo cruzado, quando um agente publico contrata parente de outro, para depois ser retribuído com a mesma atitude.

Vanda Neves Barbosa teve sua contratação publicada no Diário Oficial da Assembleia Legislativa, no dia 02 de março de 2015, para trabalhar no cargo em comissão de Assessor de Gabinete Parlamentar XIX, para servir junto ao gabinete do deputado Rinaldo Modesto (PSDB). A sua validade passou a contar a partir do dia 1° de fevereiro de 2015.

Esta contratação ocorreu justamente na época em que o Tribunal de Contas contratou no dia 5 de março, a filha de Rinaldo Modesto, Caroline Daniele Macena de Oliveira Rosa, que foi nomeada para o cargo de assessora de gabinete II, com remuneração de R$ 4.381,65.

No mês anterior, no dia 13 de fevereiro, o TCE também contratou o outro filho do parlamentar, Felipe Nunes Modesto de Oliveira, para prestar assessoria em contratos de obras oriundos de convênios, no valor de R$ 100,00 por hora, sendo o contrato vigente por 90 dias, com possibilidade de prorrogação.

Após a polêmica em relação a estas contratações, Rinaldo divulgou uma nota negando qualquer “irregularidade” sobre as contratações e que não houve qualquer pedido ou envolvimento seu nesta negociação. “Se tratou de uma contratação, pelo prazo determinado de 90 dias, contratação essa de iniciativa do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul, na qual não tive responsabilidade alguma”, garantiu ele.

Sobre sua filha, o tucano justificou que ela já havia prestado serviços ao TCE, de forma indireta, e por esta razão foi chamada para integrar o quadro pessoal. Apesar de expor esta defesa, Rinaldo resolveu pedir ao Tribunal que rescindisse o contrato com seus filhos, para que não houvesse qualquer polêmica ou dúvida perante a população.

A equipe do Campo Grande News entrou em contato com o deputado, mas ele não atendeu as ligações.

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