Olarte chega em camburão e promete colaborar com investigações
O prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), chegou, às 9h de hoje (6), dentro de uma viatura da Polícia Militar e escoltado por dois policiais para depor no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Ele chegou, segundo o advogado Jail Azambuja, disposto a colaborar com as investigações e esclarecer as denúncias sobre a compra de vereadores para cassar o mandato de Alcides Bernal (PP).
Preso desde sexta-feira, por determinação do desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva, do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Olarte é investigado na Operação Coffee Break. Ele e o empresário João Amorim, dono da Proteco, foram presos, mas o empresário conseguiu habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e deixou a cadeia na noite de sexta-feira.
Na véspera do depoimento ao Gaeco, por volta das 22h de ontem, Olarte teve uma crise hipertensiva e foi encaminhado para o Hospital Miguel Couto, da Unimed, em Campo Grande, Ele permaneceu em observação por uma hora, foi medicado e retornou ao Presídio Militar.
Segundo o advogado, ele vai colaborar com as investigações e esclarecer no que for possível. “Ele não foi chamado para depor antes”, destacou Jail. Ele também classificou a prisão temporária como “injusta”. Apesar do período recluso terminar à meia-noite de hoje, Olarte tem esperança de obter o mesmo habeas corpus de Amorim e deixar o presídio antes.
Na prisão, Olarte se manteve isolado na cela e leu a bíblia. Ele, que é pastor da igreja Assembleia de Deus Nova Aliança, também fez dois cultos no presídio. O prefeito afastado se alimentou com a mesma comida servida aos demais presos do complexo prisional da Capital, que é café da manhã, almoço e janta.
A única visita recebido no período foi do advogado.