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Política

Oposição nas urnas, PSDB diz que mantém apoio ao PMDB na Câmara

Paula Vitorino | 04/07/2012 14:35
Profª Rose diz que se mantém na base aliada. (Foto: Minamar Júnior)
Profª Rose diz que se mantém na base aliada. (Foto: Minamar Júnior)

Em meio uma situação nova de oposição do PSDB ao PMDB que surge com a candidatura tucana à Prefeitura de Campo Grande, os vereadores do partido afirmam que dentro da Câmara vão continuar apoiando o governo do PMDB. A resposta mais comum é a "fidelidade" à base em que foram eleitos.

“Eu sou da base aliada, fui aleito nela e até dezembro ainda sou. Não vai ser agora, de uma hora para outra que vou mudar minha posição, seria incoerente”, afirma o vereador João Rocha (PSDB).

O PSDB é historicamente aliado do PMDB, que está em quarto mandato seguido na Prefeitura. Em nenhuma eleição de lá para cá, os tucanos enfrentaram o PMDB nas urnas. Inclusive, faziam parte da administração municipal, comandando uma secretaria e uma fundação.

Depois de 20 anos, o partido se coloca como oposição e decide lançar candidato próprio, o deputado federal Reinaldo Azambuja.

A vereadora Rose Modesto admite que os dois partidos estão em lados opostos agora, mas diz que não são "inimigos". Defendendo a fidelidade, ela afirma que é da base de Nelsinho, mas deixa claro que isso não significa apoiar o próximo candidato do PMDB, Edson Giroto, garantindo que vai trabalhar para a vitória de Azambuja.

“Como vereadora, minha base continua do Nelsinho, mas vamos para as ruas pedir votos para o Azambuja, que acredito, vai vencer”, diz.

A vereadora justifica a posição dizendo que seria uma incoerência mudar a postura dentro da Câmara agora, menos de seis meses do fim do mandato.

“As pessoas não bobas, não vou mudar meu comportamento de repente. Oposição não acontece de uma hora para a outra”, diz.

João Rocha ainda acrescenta não ver nenhum problema nas duas relações, alegando que manter posição aliada dentro da Câmara não interfere em campanha política, já que não precisa atacar o atual prefeito para defender seu candidato.

“Não faço campanha assim. Vamos defender as propostas do Azambuja, mas isso não significa fazer críticas ao Nelsinho, até porque ele nem é candidato”, alega.

Do outro lado, a vereadora também acredita que o apoio continue, mas apesar de admitir um certo “mal-estar” por parte de alguns integrantes do PMDB.

“Não tem mudança nenhum por parte do prefeito Nelsinho. Alguns pré-candidatos que chegaram a questionar como vamos ser da base dele e apoiar o Azambuja”, diz.

Neutro-O terceiro membro do PSDB na Câmara, vereador Cristovão Silveira, assume posição ainda mais radical em nome da fidelidade a base.

Ele não vai disputar a reeleição e, por isso, diz que vai se reservar ao direito de neutro nas eleições, sem manifestar apoio público a nenhum dos candidatos.

“Vou analisar minha oposição, se achar que devo me manifestar, aí apoio um candidato, senão vou ser expectador dessas eleições e no dia votar como outro cidadão qualquer”, afirma.

Silveira declara que até o último dia de seu mandato vai fazer parte da base aliada que o elegeu. “Vim até agora defendendo esse governo”, frisa.

Verdadeiro oposição - Até para quem é oposição desde o início, a manutenção das bases na Câmara já era prevista.

“Dentro do plenário não acredito que tenha alguma alteração de comportamento. Quem sempre foi da base vai continuar”, diz o vereador Alex do PT.

Ele justifica a opinião dizendo que “não acredito que a Tribuna da Câmara seja utilizada para disputa eleitoreira”.

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