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Política

Pantanal em chamas preocupa e senadora apela a presidente Bolsonaro

Indicação analisada hoje pelo Senado Federal sugere que gestão do bioma esteja entre as atribuições da Amazônia Legal

Tainá Jara | 06/08/2020 17:26
Área incendiada em 2020 aumentou 200% em relação ao ano passado (Foto: Divulgação/Governo do Estado)
Área incendiada em 2020 aumentou 200% em relação ao ano passado (Foto: Divulgação/Governo do Estado)

Após indicação da senadora Simone Tebet (MDB), o Senado Federal encaminhou, nesta quinta-feira, sugestão ao presidente Jair Bolsonaro para incluir a gestão do bioma Pantanal entre as atribuições do Conselho Nacional da Amazônia Legal. Em chamas, a região enfrenta a maior seca e estiagem dos últimos 50 anos.

Maior planície alagada contínua do mundo, o Pantanal corresponde a área de 250 mil km², situada no sul de Mato Grosso e no noroeste de Mato Grosso do Sul, ambos estados do Brasil, além de partes do norte do Paraguai e do leste da Bolívia. O bioma é caracterizado por variar período de cheia e seca. Região com intensa exploração da agropecuária, a fauna e flora acabam sofrendo com incêndios criminosos em período de estiagem.

A indicação de Tebet visa justamente proteger o bioma das queimadas criminosas. Na quarta-feira, a senadora sugeriu a reestruturação do Conselho Nacional da Amazônia Legal de modo a incluir a gestão do bioma Pantanal em suas atribuições, com o objetivo do estabelecimento de políticas específicas de combate às queimadas.

A reedição do decreto permitiria incorporar o bioma Pantanal, pelo menos neste período de seca que todo ano acontece, sob a supervisão do vice-presidente da república, Amilton Mourão, que encabeça o conselho.

“Os focos de incêndio em Mato Grosso do Sul, só neste ano, comparado com o mesmo período do ano passado, aumentaram mais de 200%. Em Corumbá, que é a porta de entrada do Pantanal, já foram confirmados mais de 11 mil focos de incêndio. Resumindo, o Pantanal esta sendo destruído”, pontou a senadora em apresentação da indicação.

Hoje, a proposta foi publicada e aguarda aprovação do presidente para entrar em vigor. Bolsonaro, no entanto, não se mostra simpático as pautas ambientais e enfrenta denúncias de aumento de ações de madeireiras e garimpos em áreas protegidas.

Ontem, a Defesa Civil já reconheceu a situação de emergência nas cidades de Corumbá e Ladário, no Oeste de Mato Grosso do Sul, devido aos incêndios e deve garantir mais recursos para o combate ao fogo.

Em Mato Grosso do Sul são 4.651 focos de calor registrados entre 1° de janeiro e 4 de agosto. Em comparação com o mesmo período do ano passado há aumento de 84%.

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