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Política

Para Moka, é preciso esquecer as eleições de 2018 e trabalhar pelo Brasil

Alberto Dias | 30/01/2017 17:16
Senador Waldemir Moka (PMDB-MS) (Foto: Samuel Isidoro / Arquivo)
Senador Waldemir Moka (PMDB-MS) (Foto: Samuel Isidoro / Arquivo)

Às vésperas da retomada do trabalho legislativo em Brasília, o senador Waldemir Moka (PMDB-MS) aponta como desafio encontrar o senso comum em projetos polêmicos, "mas necessários", como a reforma trabalhista e previdênciária. Em 2017, o remédio amargo ainda terá de ser tomado, do contrário, "o deficit só vai aumentar e tudo terá de ser votado, numa situação muito pior, daqui dois a três anos", pontua o peemedebista.

Para tanto, mais que nunca, os parlamentares precisão ter "consciência e trabalhar juntos pelo País, independente de partido ou viés ideológico. "Não podemos ficar evitando votação, nem postegando decisões", alertou. "Gostaria que a gente pudesse retomar os trabalhos com consciência, esquecer as eleições de 2018 e pensar no Brasil de hoje", complementa o senador.

Moka ressalta que a divergência existe, porém, acredita que com objetivos maiores, em comum, a convergência sobressaia e predomine. Do outro lado e antagônica, porém, a divergência será inevitável quando a pauta chegar à reforma previdenciária. "Sou sensível a discutir a reforma e sei que não vai passar agradando tudo mundo, mas precisa ter mínimo de convergência", avalia. "É trabalhar pra gente fazer a economia crescer, gerar emprego e renda", finalizou.

Economicamente, espera um 2017 melhor, embora admita que tal melhoria dependa diretamente do ambiente político. Neste ponto, diz não ser possível prever se a tensão irá aumentar ou diminuir. Mas considera a situação mais delicada na Câmara Federal. "No Senado não me parece que haverá grandes dificuldades. Se tiver alguma coisa será na Câmara, onde as divergências são maiores".

Porém, lembra que o presidente Michel Temer (PMDB) já presidiu a Câmara dos Deputados e terá habilidade política para enfrentar os reveses. Entre as polêmicas a serem enfrentadas também está a reforma trabalhista. "São temas difíceis, que tem apelo social muito grande e que vai levar tempo e ser muito bem debatido", afirma. "Talvez não saia o que governo quer, tem coisas que acho muito dificil de passar, como a questão da idade".

Previdência - "É dificil comparar um trabalhador braçal com alguém que trabalha sentado em um escritório", diz o senador. "Precisaremos de habilidade e aprovar aquilo que realmente for possivel", acrescentou, lembrando que existe ainda o tal corporativismo: "todo mundo sabe que tem que mexer na previdência, mas ninguém quer que mexa na sua".

Questionado sobre possíveis protestos, ele já consegue ver certa maturidade política na população. "Acho que o País como um todo têm consciência que embora isso seja dificil precisa ser feito, senão vamos caminhar para situações que como ocorre no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, finalizou, referindo-se aos dois estados brasileiros com enormes crises políticas, administrativas e financeiras.

O ano legislativo começa nesta quarta-feira (1º), com a eleição do presidente e da mesa diretora do Senado.

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