Para votar Comissão Processante, Câmara limita acesso da população
Com a perspectiva dos grupos contra e a favor do prefeito Alcides Bernal (PP) lotar a Câmara Municipal de Campo Grande nesta terça-feira (15), o acesso ao prédio será limitado. Além disso, devido ao clima de guerra, que já teve até protestante preso após brigar com vereador, a Polícia Militar e a Guarda Municipal reforçaram a segurança do prédio.
Segundo o presidente da Câmara, Mario César Fonseca Oliveira (PMDB), o plenário da Casa de Leis tem 364 lugares, mas só serão permitidos o ingresso de 360 pessoas. Ele vai instalar telões para quem não tiver acesso ao prédio acompanhar a votação dos pedidos para instaurar a Comissão Processante contra Bernal.
A PM está no local para fazer revista em quem for entrar no legislativo municipal. Todos serão revistados e aqueles que tiverem faixas de madeira ou qualquer objeto de risco serão vetados.
São 31 policiais militares, uma viatura do Grupo Tático, oito motocicletas e uma Furgão. Da Guarda Municipal, 11 agentes vão reforçar a segurança. Os guardas municipais vão ficar no interior da Câmara.
Na terça-feira passada a sessão teve que ser interrompida pelo presidente da Casa por falta de segurança, e a votação sobre a possível abertura da Comissão Processante foi adiada para hoje. Na ocasião, os 700 manifestantes que foram ao local chegaram a jogar moedas nos vereadores, além de insultos e palavras de ofensa.
No entanto, na semana passada, apenas os defensores de Bernal foram ao prédio. Nesta terça-feira, os grupos de oposição também mobilizaram pessoas para pedir a cassação do mandato do prefeito.
Votos - Para aprovar a Comissão Processante, são necesários 20 dos 29 votos. No entanto, a base aliada de Bernal é formada por nove vereadores. Os aliados intensificaram os trabalhos nos últimos dias para ampliar essa base. Ontem, o líder do prefeito, vereador Marcos Alex (PT), garantiu o apoio de 12 dos 29 verereadores, o que garante a Bernal tranquilidade e o poder de veto a qualquer pedido de cassação.
Após a instalação, a Comissão Procesante tem 90 dias para concluir os trabalhos e pode recomendar a cassação do prefeito. Para ser aprovado, o impeachment deve ter também 20 dos 29 votos.