Parlamentares de MS negam envolvimento em esquema da Petrobras
Os dois parlamentares de Mato Grosso do Sul, o senador Delcídio do Amaral e o deputado federal Vander Loubet, ambos do PT, negaram qualquer envolvimento no esquema de corrupção, que envolve a Petrobras. Eles foram citados em reportagem do jornal “O Estado de São Paulo”, que publicou uma lista de políticos que teria sido apresentada pelo ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa.
O senador Delcídio do Amaral, em nota à imprensa, afirmou que estes fatos são anteriores ao seu mandato como senador da República e que os mesmos foram utilizados “amplamente” durante a campanha eleitoral, no qual o petista foi candidato ao governo, mesmo que segundo ele, já tenha sido rigorosamente analisados e aprovados por todos os órgãos de fiscalização e controle da União.
Delcídio, em sua nota, ainda ressaltou que em relação a esse “vazamento ilegal e irresponsável”, se referindo aos depoimentos do ex-diretor da Petrobras, ele tomará as medidas judiciais cabíveis.
Já o deputado federal Vander Loubet (PT), também em nota à imprensa, manifestou “surpresa a menção do seu nome em notícia veiculada”, já que segundo ele, nunca teve relação institucional, política ou de outra natureza com Paulo Roberto Costa.
O deputado também se coloca a disposição da Justiça para que os fatos sejam esclarecidos com a maior brevidade possível.
Caso - O jornal “O Estado de São Paulo” publicou reportagem em que o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, teria revelado a lista de políticos envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras, durante 80 depoimentos que prestou no âmbito da delação premiada, em função da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Nesta relação estão deputados, senadores, ex-governador e um governador, além de ministros, ex-ministros do governo Dilma Rousseff (PT), que possui nomes dos partidos PMDB, PSB, PSDB, PP e PT, entre eles os dois parlamentares de Mato Grosso do Sul, Vander Loubet e Delcídio do Amaral.
A Operação Lava Jato que foi iniciada em março deste ano, investiga esquema de lavagem e desvio de dinheiro, em contratos assinados entre as empreiteiras e a Petrobras, no período de 2003 a 2014, que somaram a quantia de R$ 59 bilhões, que irrigava o caixa dos políticos no país.