‘Partido não é prisão’, diz Zeca minimizando debandada do PT
Na sexta-feira, dia 15, promessa era de desfiliação de 300 membros da legenda
O presidente do PT em Mato Grosso do Sul, deputado José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, vê como "normal" a debandada de 300 filiados da legenda. Para o líder petista, o partido não é uma prisão e, quem está descontente, deve mesmo sair.
"Normal, estão descontentes. O PT já sobreviveu a tantos momentos ruins, vai sobrevir. Mas, entendo que saíram na hora errada", disse Zeca ao citar a reestruturação que o Partido dos Trabalhadores passa.
Mágoa e incapacidade de conviver com o contraditório também são motivos, segundo o deputado, dos descontentes. "Não vejo como perda", resumiu. O grupo que sai seria ligada à antiga gestão.
Também porque, acrescenta, só em Campo Grande, o partido tem 15 mil filiados e vive na expectativa de novos nomes ingressarem na legenda até dezembro. Zeca disse que daqui até o fim do ano serão feitas reuniões com a executiva - a primeira delas amanhã - para definição dos novos quadros.
A promessa era de que, na sexta-feira, dia 15, fossem entregues 300 fichas de desfiliação. Na lista da debandada de integrantes do PT por conta da atual situação do partido perante a opinião pública, em consequência dos escândalos de corrupção, estão petistas considerados históricos como o ex-deputado federal Antônio Carlos Biffi.
Demitidos - Em 1º de julho, todos os funcionários do diretório PT no Estado foram demitidos - nove ao todo. Sobre isso, o petista afirmou que espera regularizar a situação de todos até dezembro.
Afirmou que a última gestão do partido o deixou falido. Segundo Zeca, o diretório tinha gastos de R$ 50 mil, enquanto a arrecadação era de R$ 10 mil.