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Política

Paulo Corrêa deve ser confirmado como presidente da CPI da Enersul

Leonardo Rocha | 06/04/2015 12:45
Paulo Corrêa irá presidir CPI da Enersul, já que garantiu a maioria dos votos dos integrantes (Foto: Roberto Higa/ALMS)
Paulo Corrêa irá presidir CPI da Enersul, já que garantiu a maioria dos votos dos integrantes (Foto: Roberto Higa/ALMS)

O deputado Paulo Corrêa (PR) será confirmado amanhã (07), como o presidente da nova CPI da Enersul, que vai investigar o desvio de R$ 700 milhões da instituição, onde está incluído o pagamento mensal a pessoas físicas e jurídicas, integrantes de uma “folha confidencial”. O parlamentar já tem o apoio da maioria dos integrantes da comissão, restando apenas oficializar esta situação.

A relatoria da nova CPI da Enersul deve ficar com o deputado Beto Pereira (PDT), que ainda contará com os deputados Pedro Kemp (PT), Marquinhos Trad (PMDB) e Onevan de Matos (PSDB), como integrantes. Os deputados realizam amanhã (07), a partir das 14h, a primeira reunião da comissão, no plenário da Assembleia Legislativa.

Corrêa conseguiu os votos de Beto Pereira e Onevan de Matos, o que define a disputa pela presidência com Marquinhos Trad (PMDB), que até o momento tem apenas o seu voto, já que Pedro Kemp (PT) segue indeciso e diz que só vai se posicionar na hora da reunião. O petista esperava um “acordo” ou “consenso” para escolha dos dois principais cargos.

Onevan já havia declarado que seguiria a escolha da maioria e confirmou hoje (06), que irá optar por Paulo Corrêa, que já esteve a frente da outra investigação sobre a Enersul, realizada em 2008, tendo Marquinhos Trad como relator.

Apesar de Marquinhos ter proposto a CPI da Enersul, e por esta razão ter vaga garantida, ele não conseguiu o apoio dos colegas para presidi-la, ficará apenas como integrante. Ele argumentou que era uma “tradição” da Casa de Leis oferecer a presidência a quem tivesse sido o proponente da investigação.

Paulo Corrêa, no entanto, justificou que nem sempre esta situação ocorre, citando que na CPI da Saúde, que foi presidida pelo deputado Amarildo Cruz (PT), quem propôs a investigação foi outro parlamentar, Lauro Davi (PROS). “Posso dizer que a CPI terá resultados concretos a população, assim como aconteceu da outra vez, onde conseguimos a devolução de R$ 200 milhões, em compensações nas contas (energia)”, disse o deputado do PR.

Articulação – Desde a reunião da base aliada com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que ocorreu há duas semanas, os próprios integrantes da base haviam sugerido a liderança desta investigação por Paulo Corrêa e a relatoria ficando com Beto Pereira. Nesta oportunidade, o governador questionou Marquinhos se existiam indícios concretos para a realização desta investigação, o que foi confirmado pelo peemedebista.

Na hora da articulação para escolha do comando, o bloco dos partidos pequenos com dois representantes, contando com o apoio do indicado pelo PSDB, que também segue a base aliada do governo, fizeram a diferença nesta definição.

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