Paulo Matos diz que continua na Emha e não será candidato a vereador
Matos alega que o PP não tem nomes para dar segurança aos candidatos
O diretor da Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande), Paulo Matos, afirmou na manhã desta quarta-feira (4) que continua no cargo até o final do mandato do prefeito Nelson Trad Filho (PMDB). Matos afirma que vai permanecer para atender um convite do prefeito, que considerou a parceria iniciada quando assumiu a secretaria de Projetos e ignorou o fato de Matos pertencer ao PP, que terá como candidato em Campo Grande o deputado Alcides Bernal.
Paulo Matos afirma que não será candidato a vereador, visto que colocou o nome como pré-candidato a Prefeitura de Campo Grande e foi perseguido e até destituído do comando do partido pelo presidente estadual, deputado Alcides Bernal.
Ao justificar a ausência na eleição, Matos alega que o PP não tem nomes para dar segurança aos candidatos. Ele afirma que não sairá do partido, mas que ocupa a função de diretor da Emha por uma escolha pessoal do prefeito.
“O partido teve um avanço significativo e por forma arbitrária do Bernal, o partido caminha para uma destruição... Ele disse que tem nomes e falo que não tem porque conheço todos os nomes que ali estão. O PP hoje não teria chapa para disputar uma eleição de vereador com condição de fazer uma legenda”.
Bernal nega falta de condição - O presidente estadual do PP, Alcides Bernal, afirma que o partido tem uma boa chapa de candidatos, lembrando, por exemplo, do vereador Lídio Lopes (PP), que tentará a reeleição. Bernal afirma que o próprio Paulo Matos poderia ser candidato, mas não quis. O presidente do PP afirma que a população já sabe que Paulo Matos é ligado ao prefeito, que é coordenador da campanha de Edson Giroto (PMDB) e, por isso, não tem compromisso com o PP.
“As falas que ele utiliza como membro do PP são falas que ofendem o código de ética do partido e a comissão vai analisar. Desejo que ele tenha juízo e haja como age um cidadão que honra o partido que está filiado, sem querer invalidar as ações que o companheiro está fazendo. Ele não filiou uma pessoa sequer... A comissão de ética certamente já está de olho nele”.
Ontem (3), o prefeito exonerou Maria Cecília Amêndola, da Secretaria de Educação, Carlos Alberto de Assis, da Funesp (Fundação Municipal de Esporte), o diretor da Fundação de Cultura, Roberto Figueiredo, e Luiza Ribeiro, da Fundação Social do Trabalho. Os secretários são de partidos que vão concorrer com Edson Giroto em outubro.