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Política

Pela 2ª vez, Puccinelli, filho e advogado são presos pela Polícia Federal

Detalhes da detenção não foram divulgados pela Polícia Federal, responsável pela operação Lama Asfáltica

Mayara Bueno, Aline dos Santos e Danielle Valentim | 20/07/2018 07:35
Sede da Superintendência da Polícia Federal. (Foto: Marina Pacheco).
Sede da Superintendência da Polícia Federal. (Foto: Marina Pacheco).

O ex-governador de Mato Grosso do Sul e pré-candidato ao Executivo estadual, André Puccinelli (MDB), está preso na sede da PF (Polícia Federal). A informação foi confirmada nesta manhã  na superintendência da Polícia, em Campo Grande.

Além dele, também há a informação de que o advogado André Puccinelli Junior, filho do ex-governador, foi preso e, de acordo com informação da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), abriu mão da prerrogativa de advogado para ficar junto com o pai. 

A reportagem apurou que também foi preso o advogado João Paulo Calves. O grupo já havia sido detido na 5ª fase da Operação Lama Asfáltica, batizada de Papiros de Lama, em 14 de novembro de 2017.

Na ocasião, a operação foi feita pela PF, CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal. Ao ex-governador, os investigadores atribuíram a chefia do grupo criminoso. André seria o beneficiário e garantidor do esquema de propina com a JBS, que teria repassado no mínimo R$ 20 milhões.

Ainda segundo apurado pela reportagem, a comissão de prerrogativas da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil seccional de Mato Grosso do Sul) foi acionada na manhã de hoje por um delegado da PF, que notificou a prisão de dois advogados, que seriam André Puccinelli Júnior e João Paulo Calves. 

André Puccinelli, ex-governador, ao deixar prisão em novembro. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo).
André Puccinelli, ex-governador, ao deixar prisão em novembro. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo).

Ainda não foram divulgados os detalhes e o que motivou a prisão de Puccinelli, mas ao que tudo indica as detenções têm a ver com a Operação Lama Asfáltica. A reportagem tentou contato com o advogado dele, Renê Siufi, que atendeu a ligação, mas disse que não podia conversar no momento, pois estava no trânsito.

Na casa do ex-governador, o advogado dele, João Vicente Freitas Barros, afirmou que foi à residência para conversar com a esposa e pegar alguns documentos, que serão levados para Polícia Federal. Disse que não teve acesso aos autos, por isso, não soube informar quem foi preso e os motivos.

Informações da PF indicam que os três foram presos acusados de lavagem de dinheiro, envolvendo a compra, pela empresa de águas de Campo Grande, de R$ 300 mil em livros do filho do ex-governador.

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